As Instituições de Solidariedade Social (IPSS) estão disponíveis para acolher trabalhadores colocados em situação de mobilidade especial. São 1400 os funcionários públicos que agora vão poder trocar o Estado pelo sector privado mantendo o salário.
É esta a base do acordo formalizado com o Ministério das Finanças e que vai permitir aos funcionários «escolherem esta alternativa para aumentarem a oportunidade de reiniciarem uma actividade profissional», diz Gonçalo Castilho dos Santos, secretário de Estado da Administração Pública.
O próximo passo será a apresentação das vagas por parte das IPSS. O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, acredita que interessados não vão faltar e não nega que o facto de o Estado assegurar o pagamento de 70% da remuneração base do trabalhador é um factor importante.
Segundo Lino Maia, existe sempre a «preocupação da sustentabilidade das instituições» e, durante estes dois anos, estes trabalhadores «ficam mais baratos», mas não é essa a principal preocupação das IPSS.
A principal preocupação, segundo este responsável, é garantir trabalho a muitos funcionários que agora se encontram sem funções e, simultaneamente, preencher necessidades importantes destas instituições, sobretudo ao nível dos serviços jurídicos e de gestão.
No final do contrato de dois anos, os trabalhadores em mobilidade especial poderão integrar os quadros das IPSS ou regressar ao quadro de excedentes da função pública.
RR