IPSS de Aveiro oferece ceia aos sem-abrigo

«Florinhas do Vouga» procura dar um braço amigo às populações mais desfavorecidas da cidade A “Ceia com Calor”, que hoje começa, pretende ser um prolongamento do serviço que a cozinha social da “Florinhas do Vouga” presta. Esta IPSS foi criada em 1940, pelas mãos do então Bispo diocesano D. João Evangelista Vidal, com o objectivo de dar apoio as famílias carenciadas de Aveiro e as crianças de rua. O tempo ajudou a construir outras respostas tais como o apoio aos sem abrigo, um centro de dia para idosos, creche e atl, serviço de apoio à comunidade, gabinete de acção social, gabinete de apoio a toxicodependentes e uma cozinha social, a funcionar todos os dias do ano, entre as 12 horas e as 13h30, para almoço e as 18 horas até às 19h30, para jantar, assegurando as refeições de várias centenas de pessoas. A IPSS iniciou funções para prestar apoio ao Bairro de Santiago, um local carenciado em Aveiro. Mas a acção estende-se a toda a cidade, com trabalho de voluntários. “Temos muitas inscrições”, para várias valências, destaca à Agência ECCLESIA Sandra Mesquita, assistente social da IPSS “As Florinhas do Vouga” e responsável pelo grupo de voluntários. A realidade mostra que as pessoas que se dirigem à cozinha social para almoçar, fazem a última refeição do dia, nesse mesmo local à noite, por voltas das 19 horas e ficam sem comer até ao dia seguinte ao almoço. Contrariando esta realidade, querem abrir portas também à noite, para que com um lanche e uma bebida quente a noite seja menos penosa para os sem abrigo de Aveiro. Esta ceia estará disponível entre as 21h30 e as 22h30 em dois locais da cidade: o Rossio e a Estação de comboios. Para concretizar esta iniciativa, Sandra Marques explica que conta com a ajuda das pastelarias da cidade, mas adianta que este auxílio é garantido durante o período natalício, “altura em que as pessoas estão mais solidárias”. Depois, garante não ter certeza dos apoios, mas a ceia “está para ficar”. A realidade dos sem abrigo apresenta-se diferente em Aveiro, pois não são apenas os que dormem na rua que se incluem nesta categoria, também os que vivem em casas devolutas. “Não existem pessoas a dormir nos bancos de jardim, mas há muitas em casas devolutas”, adianta Sandra Marques.

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Agência ECCLESIA

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