Integristas muçulmanos ameaçam convertidos ao cristianismo na Europa

Testemunho de Frei Antuan, religioso turco de origem muçulmana Frei Antuan, religioso capuchinho, falou para o jornal espanho La Razón, mas não se deixou fotografar. Estuda filosofia e teologia na Itália e dentro de três anos será ordenado padre, mas o que o distinge dos seus colegas é ter-se convertido ao catolicismo depois de ter nascido muçulmano. Frei Antuan será mesmo o primeiro sacerdote turco de origem muçulmana, uma ideia que parece não agradar muito aos seus antigos correligionários. “Estão constantemente a dizer-me que não irão permitir que continue cristão e seja ordenado “, relata o capuchinho, que mais de uma vez foi ameaçado e espancado. O seu maior desejo é mesmo voltar à Turquia, mas confessa que “é difícil, muito difícil”. A explicação é simples: “a Turquia na teoria é um estado laico, mas é só teoria, porque os que se convertem ao catolicismo ficam com todas as portas fechadas”. O presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso tinha assegurado, há poucos dias, a todos os muçulmanos convertidos que a Santa Sé “não cessará de pedir liberdade de religião e de culto para todos, o que implica a liberdade de mudar de religião”. A Fé de Antuan, que não quer que se conheça nem o seu apelido nem a sua residência, não esmorece. “Sei que há na Turquia milhares de jovens que procuram a verdade e, se entrarem numa igreja nessa busca, deveriam ser acolhidos por um sacerdote que conheça a língua e a cultura. Assim o seu caminho espiritual pode continuar e levá-los onde desejam”, conclui.

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