Integração europeia esqueceu pescadores

Igreja atenta à greve nacional O director nacional da Obra do Apostolado do Mar (OAM) considera que a greve nacional dos pescadores, hoje realizada e cuja adesão atingiu os 100%, deve-se a “um longo processo e talvez menos bem tratado, de toda uma evolução gerada à luz da União Europeia (UE)”. O Pe. Carlos Noronha, em declarações à Agência ECCLESIA equipara esta situação com o que acontece com o sector da agricultura e da industria fabril, sublinhando que o sector das pescas “é fortemente atingido e que a concorrência no interior da UE é forte”. Segundo este sacerdote esta “é mais uma reivindicação com sinal vermelho, de aflição, pelo facto de cada vez mais o trabalho no mar não gerar atractivo e ser muito complexo”. No Dia Nacional do Pescador, que se assinala hoje, todos os barcos da frota pesqueira portuguesa estão parados devido a uma greve nacional dos pescadores apoiada pelos armadores. Pescadores e armadores reivindicam apoios do Governo face à escalada do preço de combustíveis, «que triplicou em dois anos e está a levar as empresas ao colapso», bem como isenções fiscais. Para o Pe. Carlos Noronha o que está em causa “não é só a questão do custo do gasóleo, mas é fundamentalmente a gota de agua que fez transbordar o copo”, por todo um acumular de situações. A OAM está atenta ao desenrolar dos acontecimentos mas, frisa o director nacional “não tem muito campo onde se meter, porque as soluções técnicas não pertencem a nós. A nossa atitude neste contexto – acrescenta – é de ajudar o homem do mar a reflectir sobre o lugar que lhe pertence, como homem e como cristão, perante os diversos desafios que lhe são feitos” nas diversas áreas, para que, a partir daí, ele possa “agir por uma consciência esclarecida e uma postura cada vez mais livre no plano de toda a conjuntura nacional e europeia”.

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