Institutos religiosos cuidam de 27% dos doentes de SIDA no mundo

Os religiosos e religiosas da Igreja Católica são responsáveis pelos cuidados e a assistência a 27% dos doentes de SIDA em todo o mundo. O número foi divulgado na apresentação do relatório “Um serviço de amor. Análise global do empenho dos institutos religiosos contra o HIV e contra a SIDA”, durante o Congresso da União dos Superiores Gerais (UISG) e da União internacional das Superioras Gerais (USG), que se concluiu ontem em Roma. O padre Frank Monks, da Comissão para a Saúde dos organismos, afirmou que a resposta dos religiosos ao problema do HIV nem sempre foi visível, obscurecida pela atenção quase exclusiva que se reservou à questão do preservativo. “O modo dos religiosos de enfrentar a questão, pelo contrário, vai além”, disse. Segundo o relatório, os institutos religiosos estão empenhados em várias frentes: tratamento médico, prevenção geral, prevenção da transmissão mãe-filho, cuidados dos órfãos e das famílias atingidas, assistência espiritual, educação sexual e, por fim, a pesquisa, em especial para se encontrar uma vacina contra a doença. Na África, os institutos religiosos não deixam de confrontar-se com a questão do preservativo. A missionária comboniana e coordenadora do projeto, Ir. Maria Martinelli, explica que os princípios da Igreja a este propósito são conhecidos, mas, na prática, considerando que os religiosos lidam com pessoas de várias religiões, culturas e etnias, “percebe-se que, em situações especiais, o preservativo é necessário”. A Igreja Católica é particularmente activa na África austral, onde a pandemia da SIDA alcançou a difusão de 30% na população entre 25 e 40 anos e onde houve uma queda da expectativa de vida de 60 para 35 anos. (Com Rádio Vaticano)

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Agência ECCLESIA

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