Instituto preserva a memória do Padre António Vieira

O Instituto Padre António Vieira (IPAV) fará na próxima 2ª feira, dia 18 de Julho, às 18h30, no Pequeno Auditório da Culturgest, a sua apresentação pública. O acto incluirá também o lançamento do primeiro volume da sua colecção de Cadernos, dedicado à Imigração. Coincidindo com o 308º aniversário da morte do Pe. António Vieira, o IPAV inspira-se nas grandes linhas da intervenção deste notável da Cultura portuguesa, actualizando para o presente e futuro próximo algumas das suas grandes preocupações no séc. XVII. Desde logo, a atenção a Portugal e ao seu destino no Mundo, com olhos postos no futuro, a partir de uma forte identidade própria, coexistente com uma enorme abertura ao mundo e aos outros. Em segundo lugar, o IPAV focará a sua intervenção na promoção da Dignidade Humana, nomeadamente na afirmação da Justiça e dos Direitos do Homem. Finalmente, a defesa do diálogo em contextos de diversidade cultural e religiosa, procurando plataformas para o encontro de povos e culturas completará os eixos constitutivos deste novo Instituto. Entre as várias iniciativas a desenvolver no âmbito do IPAV, sublinha-se o desafio de construir em Lisboa, o “Fórum Padre António Vieira”, tendo em vista a celebração do IVº Centenário do nascimento de António Vieira, a celebrar em 2008. Este espaço, a edificar prioritariamente na zona da Sé de Lisboa – onde nasceu Vieira – representaria uma oportunidade de tornar viva e actualizada a memória desta notável figura da nossa cultura e deverá incluir infra-estruturas para exposição permanente e exposições temporárias, bem como auditório, biblioteca especializada e salas de reuniões. Colecção de Cadernos Outra das temáticas que o IPAV trabalhará será o Humanismo para o Séc. XXI, nomeadamente através da sua colecção de Cadernos. O primeiro volume, da autoria de Rui Marques, será apresentado nesta sessão e aborda a questão da imigração. Enquanto obra para não-especialistas e partindo de uma posição humanista, o livro “Uma mesa com lugar para todos” representa uma aposta “no sentido da solidariedade e da partilha que a mesa tão bem representa e que deve enquadrar toda a reflexão sobre migrações. Uma mesa onde se reparte o pão, na qual as diferenças dialogam e onde se deve encontrar sempre presente o essencial que une toda a Humanidade”. Finalmente, a sessão será concluída com a apresentação da instalação “Game of Life”, de Catarina Campino, que estará no átrio do Pequeno Auditório e que será apresentada por Diogo Teixeira. Esta peça resulta de uma residência artística na ilha de Jersey, no âmbito do projecto “Envelop[p]es”, cujo o objectivo era observar e partilhar a vivência quotidiana “in situ” de quatro emigrantes portugueses nesse território. Consiste na recriação de um jogo de tabuleiro designado Game of Life – versão anglo-saxónica do Jogo da Glória – centrado nas múltiplas vicissitudes da vida dos emigrantes portugueses. Será anunciado nessa ocasião o desenvolvimento de uma versão adaptada à realidade portuguesa, enquanto sociedade de acolhimento. IPAV

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