Instituto de São Tomás de Aquino promove sessões de estudo dedicadas a São Paulo

Aceitemos a dificuldade da situação: Paulo não é, nem dentro nem fora de portas, um personagem consensual. O confronto entre paulinos e antipaulinos abalou e embalou o cristianismo das origens, estando amplamente documentado nos Actos dos Apóstolos e nas próprias Cartas de Paulo. Há uma histórica “alergia” às suas proposições, que foi variando segundo os ares do tempo: ora por que ele intelectualiza e afunila a poética de Jesus, ora por que rompe desajeitadamente com o judaísmo e heleniza o cristianismo, ora por que não deixa verdadeiramente de ser judeu. As leituras modernas recriminam ainda o seu moralismo, e têm por ilegível a sua visão do corpo e da sexualidade. E, contudo, o mínimo que se pode dizer de Paulo é que ele é um pivot decisivo na construção da experiência cristã. O fascínio que exerce é interminável. Ele é o místico, o primeiro e genial teórico do cristianismo, um organizador de redes eclesiais inovadoras, um comunicador à escala global, um universalista, um intransigente pioneiro da liberdade. Também entre os contemporâneos cresce a paixão pela obra de Paulo, a ponto de se falar de uma «reactivação». Nomes da filosofia como o de Taubes, Badiou, Agamben juntam-se ao de teólogos e exegetas em aproximações originais. É por isso de perguntar: será que os dois mil anos do nascimento do Apóstolo coincidem com uma hora oportuna para reavaliarmos o significado de Paulo? José Tolentino Mendonça Programa
A GEOGRAFIA CULTURAL DE PAULO 7 de Novembro: 18.30h – 20.00h 8 de Novembro: 10.00h – 12.30h Joaquim Carreira das Neves José Augusto Ramos
A CARTA AOS ROMANOS 21 de Novembro: 18.30h – 20.00h 22 de Novembro: 10.00h – 12.30h José Tolentino Mendonça António Dimas de Almeida
PAULO E OS CONTEMPORÂNEOS 12 de Novembro: 18.30h – 20.00h 13 de Novembro: 10.00h – 12.30h José Leandro Rosa José Augusto Mourão

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Agência ECCLESIA

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