Instituições de solidariedade criam postos de trabalho

Primeiro-Ministro assinou contratos para a promoção de novos empregos, enaltecendo rápida resposta das IPSS O Primeiro-Ministro, José Sócrates, foi este Sábado a Aveiro assinar cerca de 150 contratos com instituições particulares de Solidariedade Social para criação de postos de trabalho no sector da assistência social, no quadro da Iniciativa “Emprego 2009 – o emprego primeiro”. José Sócrates mostrou-se convicto que o sector social pode retirar do desemprego 30 mil pessoas até final do ano. Este responsável enalteceu a rápida resposta das instituições de solidariedade às políticas de criação de emprego, recordando também que o investimento em equipamentos sociais passou de 19 milhões de euros em 2004 para uma média anual de mais de 120 milhões de euros, estando presentemente em curso 215 obras, e aprovados pelo PARES mais 600 equipamentos sociais que “totalizam 400 milhões de euros de investimento e mais 10 mil empregos no sector social”. O chefe do Governo inaugurou instalações e uma nova valência da IPSS “Florinhas do Vouga” cujo trabalho social enalteceu. Esta Instituição desenvolve projectos diferenciados, em áreas como a toxicodependência, o alcoolismo, os sem-abrigo, as famílias em risco, para além das valências da área da educação e da terceira idade. Foi exactamente por ocasião da abertura de uma creche, e de outras valências, que o Primeiro-Ministro e o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social se deslocaram a esta Instituição, que mereceu as melhores referências de José Sócrates. Disse que veio “apenas cumprir um dever e apresentá-la como um exemplo”; “o Estado tem o dever de assinalar quem trabalha por amor generoso e solidário”; ” a sociedade não quer deixar ninguém para trás, mas criar condições onde todos possam ter as melhores oportunidades. José Sócrates salientou o relevante papel da Igreja Católica que, nas acções que desenvolve, é para em “tudo fazer uma sociedade mais feliz e melhor”, deixando assim palavras de ânimo, estímulo e apreço pelo trabalho desenvolvido pela Igreja, na área social. O Bispo de Aveiro fez um breve historial das Florinhas do Vouga, e salientou as dificuldades do momento presente, que afectam tantas famílias, onde a Igreja quer e deve estar presente. Apresentou e salientou os diversos serviços de solidariedade desenvolvidos pelas Florinhas do Vouga, afirmando que os pobres só serão livres se tiverem condições dignas de vida pessoal, familiar e social. Após a bênção das novas instalações, pelo Bispo da Diocese, e do descerramento de uma placa, pelo Primeiro-ministro, seguiu-se uma breve visita às instalações. Florinhas do Vouga “Florinhas do Vouga” é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desde a sua fundação, em 6 de Outubro de 1940, vem a exercer em toda a cidade de Aveiro, Serviços de Apoio à população mais desfavorecida. A Instituição nasceu por iniciativa do Bispo D. João Evangelista de Lima Vidal, a quem se deve a criação de obras similares, as “Florinhas da Rua” em Lisboa e em Vila Real. No seu início, a Instituição contou com o trabalho e dedicação das Criaditas dos Pobres (religiosas), a quem o Bispo D. João Evangelista de Lima Vidal, designou por “Florinhas do Vouga”, pelo facto de cuidarem de crianças. A casa destinada às Criaditas, na ilha do Lé, fora outrora um cabaré de má fama, tendo dado bastante trabalho a ser convertido num local aprazível e confortável, onde foram acolhidas as primeiras “Florinhas”. O trabalho das Florinhas abrangia todo o meio familiar em diversos campos: da higiene, da alimentação, dos trabalhos domésticos, da educação pré-escolar e religiosa, entre outros. Porém, a partir de meados da década de 70, começaram a verificar-se, em Aveiro, sinais de um crescimento industrial, o qual se fez acompanhar pelo aumento da rede de transportes viária, bem como pela criação de alguns equipamentos, transformando o centro urbano num pólo de atracção e consequentemente, de concentração populacional. Os fluxos migratórios (rural/urbano, interior/litoral), o retorno da população das ex colónias e alguns fluxos migratórios dos PALOP intensificaram-se, o que contribui para o aumento de bolsas de pobreza e exclusão social que começaram a proliferar um pouco por todo o concelho de Aveiro. A concentração de alguns destes grupos populacionais veio a localizar-se em zonas degradadas, denominadas de “Ilhas” ou “Pátios”, facto que intensificou os problemas de ordem habitacional, que cada vez mais urgia resolver. Aveiro, surge então como uma área de intervenção prioritária, a nível nacional, no que diz respeito à intervenção no âmbito da Habitação social. Com a construção do Bairro de Santiago e consequente realojamento, houve necessidade de efectuar um trabalho com as famílias, em termos de saúde, educação, encaminhamento de situações, no fundo um processo de encaminhamento de situações, no fundo um processo de acompanhamento sistemático na integração desta população numa nova realidade. É aqui, que mais uma vez a Paróquia da Glória, é chamada a intervir, sobretudo através da realização de visitas domiciliárias, em regime de voluntariado. Este tipo de intervenção baseava-se no trabalho das designadas “Equipas de Acolhimento”, que se distribuíam por blocos e que todas as semanas faziam visitas ás famílias realojadas, no sentido de resolver ou encaminhar alguns problemas identificados. A coordenação destas equipas coube mais uma vez, à paróquia N. Sr.ª da Glória, que para além deste trabalho, acolhia crianças na Casa de Acolhimento Paroquial, situada no Bairro e onde começaram a ocupá-las nas suas férias escolares de uma forma organizada. O registo de todo o trabalho efectuado por estas equipas em processos familiares veio permitir os principais problemas vivenciados pela população, os quais vieram a justificar a celebração de incidência comunitária entre as «Florinhas do Vouga» e a Segurança Social, acordo esse datado de Julho de 1995. No entanto é de referir que já em 1993 houve um primeiro acordo mas apenas para a valência de centro de Convívio para idosos a funcionar apenas com voluntários. Actualmente, as «Florinhas do Vouga», dirigem a sua acção a todo o Concelho de Aveiro, com grande incidência na Freguesia da Gloria e mais especificamente na Urbanização de Santiago. (Mais informações em www.florinhasdovouga.com)

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Agência ECCLESIA

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