Indonésia adia execuções após intervenção de Bento XVI

As autoridades indonésias adiaram a execução de três cristãos condenados à morte por atacarem muçulmanos. A execução dos acusados, por um pelotão de fuzilamento, estava marcada para a manhã deste sábado, mas foi suspensa na última hora depois de um apelo do Papa. Bento XVI reagira na passada sexta-feira à notícia da eminente execução de três católicos na Indonésia, acusados de terem responsabilidade nos violentos confrontos religiosos na cidade de Poso, das ilhas Célebes, em 2000, pedindo “um gesto de clemência” para os condenados, Fabianus Tibo, Dominggus da Silva e Marinus Riwu. O Papa escreveu ao presidente da República da Indonésia, Susilo Yudhoyono, apelando a uma intervenção “do ponto de vista humanitário” neste caso particular, “de modo a que um acto de clemência possa ser oferecido a estes três cidadãos católicos da sua Nação”. O telegrama, enviado em nome do Papa pelo Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, lembrava a posição da Igreja Católica “que em diversas situações falou contra a pena de morte”. “Com a confiança de que este apelo feito em nome de Sua Santidade encontre uma resposta positiva, estendo a si os meus sentimentos de estima”, concluiu o Cardeal Sodano. Os três cristãos indonésios foram condenados à morte por “incitação ao assassinato”. Os juizes culparam-nos pela morte de, pelo menos, 122 pessoas, e a destruição de várias aldeias, em que se queimaram cerca de 4 mil casas. As autoridades afirmam que as execuções serão adiadas até o fim das comemorações que marcam o dia da independência da Indonésia, a 17 de Agosto. O gabinete do presidente indonésio não comentou o adiamento.

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Agência ECCLESIA

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