Tema da «fé» vai orientar destinos da arquidiocese de Braga nos próximos cinco anos, anunciou D. Jorge Ortiga, que ordenou quatro padres
Braga, 16 jul 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou este domingo no Santuário do Sameiro, durante a missa em que ordenou quatro padres e revelou o objetivo da arquidiocese até 2017, que a indiferença dos católicos pode matar o cristianismo.
A “passividade” perante “a ditadura do relativismo, o cansaço da fé e a menoridade da mesma” pode “gerar patologias mortais da religião cristã”, vincou D. Jorge Ortiga na homilia, publicada no site arquidiocesano.
“Que ninguém durma”, frisou o responsável pela comissão que coordena a ação social da Igreja Católica em Portugal, antes de lançar um apelo: “Não queiramos ser os culpados pela morte de Deus, profetizada pelos filósofos modernistas”.
Depois de sublinhar que “o grande desafio da Igreja atual é a questão da fé”, D. Jorge Ortiga questionou: “Seremos verdadeiramente, homens e mulheres de fé? Não estaremos a reduzi-la a um mero presságio tradicional?”.
O prelado anunciou que a arquidiocese vai dedicar os próximos cinco anos ao tema da fé, através do estudo do Catecismo da Igreja Católica e do seu equivalente para os jovens, o “YouCat”.
A prioridade do arcebispo decorre do Ano da Fé, que o Papa Bento XVI convocou de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, 45 anos após Paulo VI ter decidido criar iniciativa semelhante.
Dirigindo-se aos quatro padres que ordenou, D. Jorge Ortiga realçou que a arquidiocese conta com a sua “audácia, irreverência e coragem” para “mostrar ao mundo” que os sacerdotes, “embora poucos”, querem “ser diferentes”.
O arcebispo primaz pediu aos novos presbíteros para se defenderem “dos ataques da luxúria, da arrogância, da solidão, do egoísmo, do autoritarismo e da competitividade pastoral” e encorajou-os a serem “simples”, “livres” e “felizes”.
Na celebração participou D. Eurico Dias Nogueira, antecessor de D. Jorge Ortiga, além de D. António Moiteiro, que vai ser ordenado bispo a 12 de agosto, assumindo a missão de auxiliar da arquidiocese, juntando-se no mesmo cargo a D. Manuel Linda, também presente na missa.
RJM