“O Júri Signis-Portugal salienta a extraordinária vitalidade que o Cinema Português, na diversidade das suas gramáticas e formatos, mostrou nesta edição do Festival.
Foram estas as primeiras palavras do Júri constituído pelo Padre José Tolentino de Mendonça, Inês Gil e Margarida Ataíde que antecederam, em ambiente animado, a entrega do Prémio Signis-Árvore da Vida ao filme “Pelas Sombras” de Catarina Mourão. Uma escolha partilhada pelo público que elegeu igualmente esta como a melhor longa metragem do festival.
Nas palavras do júri, “Pelas Sombras” foi o filme escolhido entre toda a competição nacional por dar a ver por dentro a vida e o pensamento de uma grande criadora deste tempo português, Lourdes Castro. Mas não só: por dar a ver por dentro o próprio cinema como lugar de contemplação, reflexão e escuta. Segundo o júri, num registo cheio de sensibilidade, Catarina Mourão constrói uma comovente celebração da vida.
Além do Prémio, o júri decidiu atribuir uma Menção Especial à curta-metragem “Nenhum nome”, filme de estreia de Gonçalo Waddington, pela impressionante intimidade que empresta ao relato da trajectória humana.
Ao abrigo da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a que preside D. Manuel Clemente, o Prémio Signis-Árvore da Vida traduz-se no montante de dois mil euros atribuído à obra cinematográfica que, além da qualidade técnica, melhor explore temáticas que elevem e promovam valores humanos e cristãos.
Foi precisamente a perspectiva da partilha de valores humanos que levou a que o Indielisboa acolhesse pela primeira vez este júri. Uma experiência que, feito o balanço, organização do festival e membros do júri concordam ser de repetir e reforçar!
Além dos dois filmes mencionados pelo júri católico, foram premiados outros vinte e seis filmes na cerimónia de encerramento do festival, com uma assinalável diversidade de escolhas. Tal diversidade reflecte, de forma inequívoca, não só a qualidade da programação deste ano como, ainda, a amplitude de critérios adoptados entre os diferentes júris.
“Go Get some Rosemary” dos irmãos Ben e Joshua Safdie foi o filme a arrecadar o grande Prémio Cidade de Lisboa. Comédia dramática gizada sobre a história de um pai decidido a transformar as duas semanas de direito à companhia dos filhos no melhor tempo do seu ano, o filme não tem ainda estreia prevista para Portugal.
Quanto a “Pelas Sombras” espera-se que com os Prémio Signis –Árvore da Vida e Prémio do Público ganhe a notoriedade necessária por parte dos distribuidores nacionais para entrar no circuito comercial.