Índia: Polícia detém líderes extremistas

Pela primeira vez, desde que teve início a onda de perseguição aos cristãos, a polícia deteve alguns líderes dos movimentos extremistas hindus que são suspeitos de incentivar a violência. A acção policial foi mal recebida pelos hindus, que levaram a cabo protestos nas esquadras para onde foram levados os líderes dos militantes. Entre estes estarão alguns políticos do Bharatiya Janata Party (BJP) o maior partido da oposição na Índia, que controla os Estados onde se tem dado o pior da violência. Embora o BJP seja oficialmente um partido nacionalista moderado, conta com movimentos juvenis mais extremistas que estarão por detrás da pior da violência. A aproximação das eleições gerais em Novembro estará a impedir os moderados do BJP de condenar a violência. Hoje veio a luz a notícia da morte de Lalji Nayak, um cristão da diocese de Bhubaneshawar, que foi torturado e pressionado para se converter ao hinduísmo. Mesmo quando os atacantes lhe espetaram uma faca no pescoço, o cristão recusou-se a renegar a fé. Morreu no dia seguinte dos ferimentos. A história foi relatada à AsiaNews pelo Pe. Manoj, cujo próprio pai foi obrigado a converter-se ao hinduísmo sob ameaça de morte há mais de um mês. “Passado um mês, continua à guarda deles, está cercado de extremistas a toda a hora e nada pode fazer, mas a dor da sua conversão forçada ao hinduísmo é a pior tortura que tem tido que suportar”, afirmou o padre. Entretanto o dia de ontem viu mais acções de violência. Dezenas de casas foram incendiadas em três aldeias cristãs, atacadas por grupos armados. Surge também a notícia da morte de uma freira católica, que sucumbiu à Malária que terá contraído enquanto se escondia na floresta, depois de ter sido obrigado a fugir de Orissa, o Estado mais gravemente afectado.

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