Índia: Bispo denuncia aumento de fundamentalismo religioso

Lisboa, 18 jul 2016 (Ecclesia) – D. Paul Alappatt, bispo de Ramanathapuram [Índia], denunciou em declarações à fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) o agravamento do “fundamentalismo religioso” desde que Narendra Modi foi empossado primeiro-ministro indiano, em maio de 2014.

De visita à sede internacional da AIS, em Köningstein, na Alemanha, o prelado afirmou que os grupos radicais hindus “sentem agora que podem fazer o que quiserem, que a lei não irá agir contra eles”.

Esse sentimento de impunidade levou a “um aumento” de ataques contra as minorias, “porque há grupos que querem que a Índia se torne um Estado hindu”.

D. Paul Alappatt, cuja diocese fica situada na região central do país, adverte que “a situação é muito tensa” e que “tem havido vários ataques”.

“Há momentos de oração, em especial nas aldeias, em que as pessoas se juntam para rezar. E eles dizem que são conversões e atacam-nos. É um problema de lei e ordem. Não é tanto um problema de conversão, mas apenas um pretexto”, lamenta o prelado, em declarações à fundação pontifícia.

Na Diocese de Ramanathapuram, acrescenta, “há muita gente sem recursos”, reconhece o bispo local.

“Estou muito agradecido à AIS. Para ajudar os pobres e os marginalizados vamos às franjas da sociedade. Levamos religiosas e leigos para viver com eles, para os educar, para lhes dar mais capacidades, para fazer trabalho social e de assistência”, conclui.

OC

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Agência ECCLESIA

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