Índia: Arcebispo considera aborto selectivo como um crime contra a humanidade

O Arcebispo Oswald Gracias, de Bombaim, que é também presidente da Conferência Episcopal da Índia de rito latino, lançou um apelo à sociedade em favor da protecção da vida humana e, sobretudo, para pôr fim ao aborto selectivo de meninas. Em declarações à associação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado qualificou esta prática tão espalhada pela Índia como um “crime contra a humanidade”. Em muitas famílias indianas, as meninas não são bem-vindas, explicou, pois muitos pais preferem ter filhos homens. A medicina moderna permite-lhes conhecer o sexo do bebé antes de nascer e, portanto, eliminar as meninas de forma deliberada por meio do aborto. D. Oswald Gracias assinalou que a Igreja Católica recordou publicamente estas crianças assassinadas “para dirigir a atenção da sociedade ao mal do aborto”. Segundo ele, a Igreja indiana exerce alguma influência no âmbito da protecção da vida e, acrescenta, os círculos intelectuais hindus também estão a começar a reconhecer o valor da vida. O Arcebispo Gracias, que está há seis meses no cargo, também comunicou a sua intenção de fomentar a consciência política entre os católicos. “Esperamos que assim sejamos capazes de contribuir para a criação de uma sociedade melhor”, explicou. “O Governo não considera esta questão como prioritária. Nós, como Igreja, estamos a dedicar-nos a estas pessoas, ajudando-as a obter uma formação escolar e uma atenção à saúde, mas o partido fundamentalista hindu acusa-nos de proselitismo”, lamentou. A arquidiocese de Bombaim é a diocese da Índia. Quase meio milhão dos seus 13 milhões de habitantes professa o catolicismo. A Igreja conta com 600 sacerdotes e 1600 religiosas, e dirige 150 escolas. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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Agência ECCLESIA

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