Indefinições em volta da Concordata atrasam contas de Fátima

As contas do Santuário de Fátima ainda não foram reveladas devido à indefinição a nível fiscal gerada pelo atraso na regulamentação da Concordata, revelou ontem o Reitor do Santuário de Fátima. “Estamos numa certa indefinição a nível fiscal”, afirmou Mons. Luciano Guerra, lamentando que o Estado ainda não tenha regulamentado os diplomas legais que gerem a relação da Igreja com os impostos. “O Santuário tem de dividir muito bem a zona comercial e religiosa e não se sabe ainda muito bem que impostos se vão pagar”, explicou, recordando que só depois será possível publicar as contas, um acto público que costuma ser feito em Junho de cada ano. “Estamos a ser prejudicados porque nalguns casos há indefinições e algumas possíveis contradições” no tratamento da Igreja pela máquina fiscal que já cobrou “descontos nos rendimentos de capitais” apesar de não existir regulamentação desta matéria. “Penso que os depósitos feitos pela Igreja devem render para a Igreja mas acho muito bem que os rendimentos de actividades comerciais paguem impostos”, afirmou Mons. Luciano Guerra. O Reitor do Santuário de Fátima indicou ainda que está a ser ultimado um plano de emergência para o recinto das grandes celebrações que é considerado perigoso devido à falta de corredores de evacuação. Em conferência de imprensa realizada este Domingo, Mons. Luciano Guerra admitiu os riscos do recinto, até porque o estaleiro das obras da nova igreja condicionou um dos lados principais para servir de corredores de emergência. O Santuário está a delinear o plano de emergência, respeitando as indicações da Câmara de Ourém. “Não podemos fazer um plano para um dia excepcional” até porque “são imprevisíveis certas multidões”, acrescentou. Outubro vai ser também a primeira peregrinação internacional com grandes ecrãs espalhados pelo recinto, uma primeira face visível do projecto de remodelação do recinto, que irá progressivamente ser coberto por calçada portuguesa em vez do actual asfalto. Estes ecrãs irão ser colocados em permanência no recinto e permitirão aos peregrinos ver mais de perto as celebrações quer na Capelinha das Aparições, na Igreja da Santíssima Trindade ou na Basílica. Redacção/Lusa

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