Manuel Clemente presidiu às exéquias de quatro vítimas do fogo de Pedrógão Grande na paróquia de Benfica
Lisboa, 26 jun 2017 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu hoje à Missa exequial de quatro vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e afirmou que é necessário levar por diante um país “mais coeso, mais coerente e mais ecológico”.
D. Manuel Clemente presidiu à celebração na igreja paroquial de Benfica, que antecedeu o funeral de um casal, o seu filho e nora, residentes em Lisboa e naturais de Pedrógão Grande, que morreram ao fugir do fogo, a 17 de junho.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa, para levar por diante um país mais ecológico, “no sentido global do termo”, é necessário retomar a encíclica do Papa Francisco sobre “Laudato sí”, sobre o cuidado da casa comum, e a nota dos bispos portugueses sobre os incêndios, porque “as recomendações que lá se fazem ganham agora mais equidade”.
D. Manuel Clemente sublinhou em declarações à comunicação social após a celebração da Missa que a solidariedade vivida nestas ocasiões “é fundamental” e “requer organização”.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa, quer “como cidadãos”, quer “nos vários patamares da soberania e do exercício do poder e do serviço administrativo”, é necessário “corresponder com maior exatidão, com maior prevenção”, levando “a sério” recomendações de quem já ultrapassou situações semelhantes às que foram vividas na região centro de Portugal.
D. Manuel Clemente referiu que no funeral de familiares ou amigos de pessoas que partiram de forma inesperada e trágica é necessário “essencialmente estar” e lembrar “palavras de esperança” ligadas à tradição cristã de vinte séculos.
“Estas palavras são muito mais fortes do que nós, tocam as pessoas e ficam gravadas nestas ocasiões”, sublinhou D. Manuel Clemente.
O incêndio no concelho de Pedrógão Grande causou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.
PR