O Bispo do Algarve lançou um alerta, neste Domingo, a favor daqueles que perderam tudo nos incêndios do verão passado. “Tratando-se das pessoas que se trata – na sua maioria são pessoas que não têm a capacidade toda para se orientarem na vida – é preciso que aqueles que nos consideramos capazes de nos governarmos tentemos ajudá-los”, disse D. Manuel Madureira Dias. O prelado falava durante a entrega das três primeiras casas que a Cáritas diocesana do Algarve se comprometeu recuperar. A organização escolheu as dez situações “de maior pobreza entre os pobres” e o seu apoio traduziu-se em obra feita, embora D. Manuel Madureira tenha alertado para a necessidade “de maiores apoios”, sobretudo por parte das autoridades políticas. “As casas novas são importantes, mas as pessoas não comem tijolos nem cimento e precisam de outro tipo de ajudas, tão fundamentais como esta”, atirou. A Caritas valeu-se de fundos recolhidos num peditório nacional e da colaboração de cidadãos do Algarve, os quais contribuíram com cerca de 50% dos 380 mil Euros necessários. A entrega das outras sete casas será feita antes do próximo Verão. Num comunicado oficial da organização católica para a assistência, enviado à Agência ECCLESIA, revela-se que as despesas de construção atingiram os 95.430 Euros e que o equipamento e imobiliário para as casas chegou aos 14.600 Euros, valores “suportados pela Cáritas do Algarve”. Carlos Oliveira, presidente da Cáritas diocesana, assinalou que “este é o resultado visível da campanha do verão passado, que no Algarve teve por parte da população uma resposta ímpar, com destaque para as comunidades paroquiais”.
