Organização católica prevê investimento de 250 mil euros
Portalegre, 10 ago 2017 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco anunciou hoje a decisão de assumir a reconstrução de oito habitações no Concelho de Mação, após os incêndios das últimas semanas na região.
“A cooperação com a Câmara Municipal de Mação revelou-se bastante frutífera, pois desta parceria foi possível, em tão curto espaço de tempo, devolver a oito famílias a Esperança e a certeza de verem as suas casas recuperadas”, refere um comunicado da organização católica, assinado pelo seu presidente, Elicídio Bilé.
A nota enviada à Agência ECCLESIA prevê que a verba a investir, nesta primeira fase de ajuda, se situe nos 250 mil euros.
A Cáritas informa que tem estado no terreno para acompanhar as vítimas dos incêndios que “fustigaram a diocese, nos meses de junho e julho”.
“Foi com preocupação, mas com atenção e presença que estivemos com as vítimas e que assumimos a possibilidade de colaborar no esforço de recuperação das habitações ardidas”, refere a instituição.
Os incêndios florestais nos concelhos da Sertã e Castelo Branco, em julho, vieram a estender-se aos concelhos de Proença-a-Nova, Mação, Gavião, Vila Velha de Ródão e Nisa.
“Para além da imensa floresta ardida que originou a morte de animais, plantações, pomares e hortas, no Concelho de Mação arderam 14 casas de 1.ª habitação e um número considerável de arrecadações para animais e forragem, anexos de casas e algumas casas de 2.ª habitação”, informa a Cáritas diocesana.
A organização católica assumiu “de imediato” junto das famílias e da Câmara Municipal de Mação, a recuperação de oito habitações ardidas, com a ajuda das verbas recolhidas a nível nacional, no peditório decidido pela Conferência Episcopal Portuguesa, e das campanhas promovidas pela Cáritas.
Já no Concelho da Sertã, atingido pelo incêndio que teve início em Pedrógão Grande, a instituição, através da Cáritas Diocesana de Coimbra assumiu a reconstrução de três casas de 1.ª habitação.
“Ao garantirmos a reconstrução das habitações ardidas e o acompanhamento da Cáritas e da paróquia às famílias, sentimos o renovar da esperança e o sofrimento atenuar-se” observa Elicídio Bilé.
Na sequência dos fogos florestais que afetaram o território, o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, publicou uma nota onde afirma que os incêndios “denunciam erros” e “desafiam a solidariedade” em favor das populações atingidas.
OC