D. João Lavrador orienta estruturas paroquiais e diocesanas para disponibilizar ajuda às populações atingidas

Viana do Castelo, 30 jul 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo lamentou a “tragédia” dos incêndios em Portugal, alguns dos quais atingem o território diocesano, e deixou indicações para que as várias estruturas católicas possam disponibilizar ajuda às populações atingidas.
“Ano a pós ano, deparamo-nos sempre com a mesma tragédia motivada pelos incêndios. São imagens que nos impressionam vindas de várias regiões do país e mesmo do estrangeiro, mas quando toca a pessoas que conhecemos ou a povoações que fazem parte da nossa relação, a dor é mais intensa e a preocupação torna-se mais forte”, refere D. João Lavrador, numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Vários municípios foram atingidos pelas chamas no distrito de Viana do Castelo e no espaço geográfico da diocese de Viana do Castelo, com realce para a região do Lindoso, no município de Ponte da Barca.
“A minha primeira palavra dirige-se para as pessoas atingidas pelos incêndios, na maioria idosas, para lhes expressar a minha solidariedade e, através das estruturas paroquiais e diocesanas, disponibilizar a ajuda que careçam”, escreve o bispo diocesano.
Faço o apelo à Cáritas diocesana e aos núcleos de Cáritas mais perto das zonas atingidas que desenvolvam os esforços necessários para prestar socorro e ajuda às populações atingidas. Certamente que a comunidade paroquial se esforçará por prestar o auxílio a quem dele necessita e disponibilizará os espaços para o acolhimento das pessoas que a eles recorram.”
A nota de D. João Lavrador deixa uma palavra de “apreço e gratidão às Corporações de Bombeiros que abnegadamente combatem o fogo que se alastra nas povoações e que o enfrentam com a coragem de quem não poupa a sua vida para salvar a vida e os bens do próximo”.
“Igualmente uma palavra de estímulo e reconhecimento pelo trabalho incansável da Proteção Civil, das Forças de Segurança e dos autarcas”, acrescenta.
O responsável católico sublinha que “a floresta é um bem de todos e a todos e cada um compete defendê-la”.
“Quem visiona os rostos doloridos das pessoas que veem as suas vidas e os seus bens ameaçados deve refletir sobre as atitudes, valores e opções que norteiam a sua conduta”, escreve.
Há uma educação cívica a empreender com coragem e com persuasão de modo a alterarmos os comportamentos sociais e nos reconhecermos cada vez mais uma única humanidade a viver numa verdadeira fraternidade.”
A nota pede que todos cumpram as determinações oferecidas pelas autoridades competentes, apelando aos párocos e demais agentes pastorais para que, “junto das comunidades cristãs apelem e sensibilizem para a prevenção dos incêndios e para a ajuda a dar em caso que estes aconteçam”.
“Este combate exige o esforço e a participação de todos”, conclui D. João Lavrador.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Ponte de Lima tem esta quarta-feira uma frente ativa de seis quilómetros que chegou à freguesia Vitorino de Piães e que ameaça habitações localizadas na linha de fogo, disse o comandante de operações, citado pela Renascença.
Em Ponte da Barca, a situação no Parque Nacional da Peneda-Gerês gera preocupação com a progressão do incêndio para a aldeia de Germil.
OC