D. Antonino Dias recorda «desespero e dor» das populações atingidas
Portalegre, 27 jul 2017 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, território mais fustigado pelos fogos florestais dos últimos dias, publicou uma mensagem sobre os incêndios, sublinhando que os mesmos “denunciam erros” e exigem “solidariedade” com as populações.
“Todos aguardamos ansiosamente aquele momento em que, todos quantos superintendem no ordenamento do território, se deixem de filosofias baratas, resolvam decididamente congregar sinergias, e, de mãos dadas com as autoridades locais, de forma concreta e concertada, façam o seu trabalho”, sustenta, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
D. Antonino Dias refere que a diocese tem sido “tragicamente” atingida pelos incêndios, realçando que “não é só de agora” que este flagelo atinge a região.
“Com mais ou menos intensidade, aqui ou ali, tem acontecido todos os anos e, em alguns anos, de forma calamitosa. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo”, escreve o responsável.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco alerta para a desertificação e o envelhecimento da população no Interior de Portugal, onde regista “a sensação de um certo abandono”.
A Igreja Católica, acrescenta, manifesta a sua proximidade junto dos presidentes das Câmaras Municipais de Castelo Branco, Sertã, Mação, Proença-a-Nova, Gavião e Nisa, como forma de solidariedade com as “queridas populações tão sofridas”.
“Manifesta ainda a vontade de, através da direção da Cáritas Diocesana, ajudar a minimizar, de forma concertada com os autarcas e os párocos, tantos estragos e sofrimento”, assinala D. Antonino Dias.
O prelado apela a uma “pedagogia da esperança e do compromisso comum” para enfrentar o sofrimento, concluindo votos de uma “maior prevenção dos incêndios e sossego das populações”.
OC