Capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, D. Américo Aguiar, também deixou uma mensagem de solidariedade, pedindo união de todos contra o «inimigo», que «são os fogos que estão a deflagrar» no país
Aveiro, 16 set 2024 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro manifestou hoje solidariedade com “todas as vítimas” da “situação dramática em que se encontram as populações do distrito de Aveiro devido aos incêndios que alastram e afligem muitas” das populações.
A Diocese de Aveiro, na pessoa do bispo, D. António Moiteiro, disponibiliza os meios das “paróquias e instituições, a fim de mitigar os prejuízos imediatos com o alojamento dos deslocados da sua residência”, pode ler-se na nota enviada à Agência ECCLESIA.
Além disso, apela a “todas as paróquias que estejam presentes com todos os meios ao seu alcance” e compromete “a Diocese de Aveiro, através das suas instituições, com uma campanha em favor dos danificados”.
“Pedir ao Senhor da Vida que ilumine e dê forças às autoridades, autarcas, bombeiros e voluntários… para que este flagelo seja ultrapassado o mais rápido possível”, conclui a mensagem.
Cinco incêndios de grandes dimensões no distrito de Aveiro já provocaram dois mortos, sendo que uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha, adianta a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, citada pela Lusa.
Segundo a proteção civil, quatro pessoas ficaram ainda feridas, estando três internadas no hospital de Aveiro e uma quarta transferida para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
Por todo o país, há vários incêndios ativos, sobretudo no norte e centro do país.
Também o capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, D. Américo Aguiar, deixou uma mensagem de solidariedade para com os bombeiros e os portugueses.
“A época de fogos do ano 2024 está infelizmente marcada pela morte. Primeiro os nossos muito queridos militares da GNR que faleceram no acidente de helicóptero e agora o falecimento de um bombeiro de São Mamede de Infesta e tanto outros em situação de ferimentos graves”, começou por dizer o bispo de Setúbal, num vídeo publicado na rede social Instagram.
Um bombeiro que combatia um incêndio na região de Oliveira de Azeméis morreu no domingo vítima de doença súbita.
O cardeal assinala que os dias e horas que o país está a viver “são necessariamente de comunhão de todos, de mãos dadas”, para ultrapassar “o desafio maior que está a ser o fogo”.
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“O fogo incontrolado, as temperaturas, os ventos, a humidade, qualquer coisa que nenhum de nós está devidamente preparado para corresponder. E, por isso, esta minha mensagem de solidariedade, de oração, de apoio a todos, todos, todos os nossos bombeiros e aos homens e mulheres da proteção civil”, referiu.
Segundo o bispo de Setúbal, “não são momentos de fazer juízos” nem de ideologicamente serem feitas considerações.
“São momentos de darmos as mãos e de vencermos o inimigo e o inimigo são os fogos que estão a deflagrar e estão a destruir o património, o ambiente e também infelizmente vidas humanas. E, por isso, a nossa solidariedade, o nosso apoio, a nossa oração e Portugal junto com os nossos bombeiros para ultrapassarmos estes dias e horas tão difíceis para tantas famílias, para tantos bombeiros e para Portugal em geral”, finalizou.
Os incêndios já causaram a retirada de cerca de 70 pessoas e queimaram pelo menos cinco imóveis, incluindo habitações, que foram atingidos pelas chamas em diferentes incêndios rurais que deflagraram entre domingo e hoje nas regiões Norte e Centro, diz a Proteção Civil.
As chamas obrigaram a cortes de trânsito em várias vias, tais como a A1 entre Coimbra Norte e Estarreja, A25 entre o Nó Aveiro e Reigoso, a A29 sentido norte-sul entre Estarreja e Angeja, IC2 entre Salreu e Águeda, a EN238 em Sever do Vouga, a EN109 entre Estarreja e Aveiro e a EN16 entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
LJ/PR
Atualizada às 20h26
