D. Manuel Felício evoca sofrimento provocado pelo fogo
Guarda, 20 out 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda pediu à Caritas Diocesana para, com os párocos, “identificar” as necessidades imediatas e responder ao “sofrimento gerado pelo drama dos incêndios”.
Na nota pastoral enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício informa que, “para já”, a Cáritas da Guarda “dispõe de um fundo de maneio, no valor de cinco mil euros”.
“Esta importância obviamente não chega para responder às necessidades e, por isso, peço a generosidade das pessoas em geral para, com os seus donativos, poderem engrossar este fundo em ordem a podermos responder a todas as necessidades mais urgentes”, apela.
O bispo da Guarda realça que os responsáveis católicos “querem ajudar as pessoas, respondendo para já às suas necessidades imediatas”, com o é o caso de falta de roupa para vestir, de alimentos indispensáveis, de fogão e gás para os cozinhar ou alguma ração para os animais.
“Em nome de quantos sofrem as consequências do drama dos incêndios, agradeço a generosidade dos donativos”, acrescenta.
No documento, o prelado refere que a vaga de incêndios de domingo deixou “muito sofrimento espalhado pelas terras” da diocese: “Perderam a vida quatro pessoas residentes dentro da nossa Diocese e pelo menos mais uma também morreu, quando fugia do fogo, a partir de uma das nossas paróquias”.
D. Manuel Felício presidiu às exéquias de cinco diocesanos e já contactou com pessoas que perderam a casa e praticamente tudo “o que tinham lá dentro”, bem como outra que perdeu “o ganha-pão, o trator com que trabalhava”.
“Sei de outras que perderam os animais que eram o seu sustento; outras ainda ficaram com alguns animais, mas agora, com tudo ardido, não têm que lhes dar a comer”, exemplifica ainda, sobre situação dos que precisam de ajuda na Diocese da Guarda.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo provocaram até ao momento 43 mortos e cerca de 70 feridos; o Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e esta quinta-feira.
CB
