Cáritas diocesana agradece «generosidade enorme» das populações e o esforço das autoridades e voluntários
Funchal, Madeira, 27 ago 2016 (Ecclesia) – A Cáritas do Funchal, na Região Autónoma da Madeira, confirmou que todas as pessoas que ficaram sem casa devido aos incêndios na região “já estão realojadas, ainda que de forma provisória”.
De acordo com Duarte Pacheco, membro daquela organização católica, adiantou que em causa estão cerca de 300 pessoas em situação de emergência e que agora estão a ser ajudadas no acesso a alguns bens essenciais.
“Em relação à alimentação e roupa”, essa questão não é problema, pela onda de solidariedade que se gerou e pela “generosidade enorme das populações”, sublinha aquele responsável, em declarações à Agência ECCLESIA.
Duarte Pacheco enaltece também o esforço de todos os envolvidos no apoio às vítimas, desde os bombeiros às forças de segurança, passando pelos voluntários.
O desafio tem sido agora apoiar no recheio das referidas casas provisórias, já que “algumas tinham equipamentos, outras não”.
“Cada caso é um caso. Mas temos fornecido alguns colchões, eletrodomésticos, roupa de cama, atoalhados, é à volta disso que agora temos estado a trabalhar”, explica Duarte Pacheco.
As entidades em ação no terreno, no âmbito do plano de emergência da região, são “em primeiro lugar o Instituto da Habitação, em conjunto com a Segurança Social”.
“Estas estão depois em articulação com a Cruz Vermelha, que depois entra em contacto com as entidades parceiras, onde entra a Cáritas diocesana”, esclarece Duarte Pacheco.
No que toca a prazos para a construção ou reconstrução das casas das pessoas, o membro da Cáritas do Funchal refere que tudo depende do contexto onde as pessoas se encontravam.
“Segundo os técnicos, há zonas onde não se poderá voltar a construir, portanto é natural que esse seja um processo moroso, dada essa situação toda, que envolve vários parceiros. Em relação a casas parcialmente destruídas e que não estão em zonas de risco, a informação que tenho é que essa reconstrução é para arrancar o mais rápido possível”, frisa Duarte Pacheco.
Em meados de agosto, a Ilha da Madeira foi atingida por diversos focos de incêndio, os mais graves foram registados no Concelho do Funchal.
O último balanço das autoridades referem quatro mortos, diversos feridos e cerca de 300 casas destruídas ou danificadas, estimando-se prejuízos materiais na ordem dos 60 milhões de euros.
JCP