A paróquia de Seia espera contar com o apoio do Governo no processo de construção da nova igreja de Nossa Senhora do Rosário que começou a ser edificada em Maio do ano passado e deverá ser inaugurada em Outubro, por ocasião da festa da padroeira, que terá lugar no dia 7 de Outubro. Segundo o pároco local, que tem o título de reitor, Joaquim Teixeira, a obra que representa um investimento superior a um milhão e trezentos mil Euros, foi iniciada com uma verba de 500 mil Euros dos cofres da Igreja, mas é esperada a comparticipação do Estado. “A obra tinha sido aprovada em PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) e existe a intenção do presidente da Câmara [Eduardo Brito] de reactivar esse PIDDAC de 2000. O processo ainda não está arquivado e estamos empenhados, juntamente com o presidente da Câmara em reactivar o PIDDAC”, explicou o sacerdote ao Jornal A Guarda. Por outro lado, a paróquia está a desenvolver diversas actividades com o objectivo de juntar dinheiro para a obra. “Contamos com a generosidade e oferta da cidade e as crianças da catequese, ATL, Jardim-de-infância e Creche de natureza paroquial estão envolvidas, fazendo trabalhos que têm sido vendidos na Lojinha da Igreja que funciona no centro da cidade”, acrescentou Joaquim Teixeira. “Através do Boletim Paroquial daremos conta das ofertas recebidas e de tudo o que se vai passando”, garantiu o reitor. Joaquim Teixeira recorda que o sonho relacionado com a construção da nova igreja, num terreno cedido pela Câmara Municipal, começou a ganhar forma há já vários anos, ao constatar que a área da paróquia aumentou e que a actual matriz deixou de ter uma localização privilegiada. “Vejo a comunidade paroquial dispersa e sentiu-se a necessidade de reunir a povoação, porque as pessoas vão frequentar as igrejas vizinhas. Outro dos motivos, é para resolver a falta de espaço para estacionamento junto da actual igreja”, explicou o pároco, situação que motiva o afastamento dos paroquianos. O local de construção do novo templo religioso foi ditado pela oferta do terreno mas também, como reconhece o mesmo responsável, “porque a cidade de Seia cresceu para esta zona”. Quando a igreja de Nossa Senhora do Rosário estiver construída a actual matriz continua a funcionar. “Continua na mesma. Como temos duas missas dominicais, uma é feita lá e outra aqui [na nova]. Aqui é mais por causa dos domingos, das grandes multidões. Em vez de lá [na actual matriz] celebrar todos os dias, talvez o faça alternadamente”, explicou o pároco. O novo templo religioso deverá ser construído de acordo com o calendário previsto, pois segundo a engenheira Paula Teixeira, “a obra está com a parte de betão concluída, só falta praticamente a cobertura que é em madeira”. A mesma técnica explicou que o projecto contempla uma mistura de madeira e de granito. “Nos interiores vai ter muita madeira para se fazer o tratamento acústico. Vai ter granitos em soleiras, nos pavimentos e no altar. O interior tem uma combinação de granito com tijoleira e os acessos exteriores também são em granitos. A nível exterior ficará com um reboco específico, mesmo por causa das humidades”, explicou Paula Teixeira. A engenheira, que também faz parte da Comissão Fabriqueira da Igreja de Seia, admite que a nova Igreja “é uma obra de grande envergadura, que deve orgulhar a cidade”.