“In Família” apela à vida em Braga

Acção contra a entrada em vigor da lei do aborto A associação “In Família” esteve ontem de manhã junto ao Hospital de São Marcos, em Braga, a manifestar silenciosamente o seu desacordo pela entrada em vigor da regulamentação da lei do aborto. Uma iniciativa conjugada com os outros movimentos associativos pró-vida que estão a realizar este fim-de-semana acções semelhantes em diversos hospitais do país. Esta acção pública a favor da vida envolveu em Braga cerca de três dezenas de associados da “In Família” e constou essencialmente da distribuição de folhetos da Associação nas redondezas do Hospital. A maior parte das pessoas abordadas desconhecia a entrada em vigor da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez. Diogo Vasconcelos, um dos porta-vozes da In Família, disse ao DM que durante a iniciativa não foram feitos apelos directos contra o aborto, mas sim apresentadas alternativas à lei. «As pessoas com quem contactamos ficaram a conhecer que há em Braga uma associação que dá apoio às gravidezes não desejadas, quer de mães solteiras, quer de mães casadas, e que não é necessário recorrer ao aborto», assinalou. Associação procurou também convidar a população para uma «reflexão urgente acerca da necessidade de inverter a política anti-natalista em vigor». «Continuamos a defender que o aborto é crime, que provoca sequelas e é prejudicial, quer física, quer psiquicamente para a mulher e psiquicamente para o companheiro», sustentou Diogo Vasconcelos. A “In Família” anunciou que tem agendadas outras iniciativas, a primeira das quais será divulgada a meio da próxima semana. Prometeu desenvolver acções de sensibilização e apelo à vida junto dos meios onde o aborto acontece, independentemente da idade, condição económica, social ou profissional. Diogo Vasconcelos refere que o aborto tanto é praticado por mulheres com pouca formação como por mulheres licenciadas, sendo que há muitas jovens universitárias que não querem estragar a sua carreira profissional por causa de uma gravidez não planeada. Este associado da “In Família” está convicto de que, a pesar dos hospitais afirmarem ter condições para praticar o aborto, as pessoas não deixarão de procurar clínicas privadas, porque nos hospitais ficam mais expostas e são registadas. «Como o aborto é livre, estou convencido que vão procurar ainda mais clínicas de vão-de-escada. As estatísticas por todo o mundo dizem que o aborto aumenta a partir do momento em que é liberalizado », notou. Diogo Vasconcelos assinalou que a lei tem que proteger a natalidade e os pais deviam ter uma licença mais alargada para poderem ficar a tratar dos filhos em casa. Na Suécia, exemplificou, a licença de maternidade vai até quatro anos e na Alemanha há prémios de natalidade para que possa haver «sustentabilidade social», ou seja, reformas e outras prestações. O Hospital de São João (Porto), o Hospital Garcia da Orta (Almada) e o Hospital Dr. José Maria Grande (Portalegre) foram os outros locais onde os movimentos anti-aborto estiveram presentes em acções de protesto. Para hoje, estão marcadas acções contra a lei do aborto nos Hospital de Faro e no Hospital de Bragança. A Associação “In Família” foi criada em Braga, em Maio de 2007, com o intuito de lutar pela defesa da vida e pela valorização da família. Sediada no n.º 2-A da rua de Santa Margarida, está preparada para dar apoio a situações de gravidezes indesejadas. Além de aconselhamento médico e psíquico, ajuda na constituição de enxovais e procura colocar mulheres desempregadas no mercado de trabalho. Os objectivos da Associação — que surgiu da união de esforços de vários colaboradores do movimento cívico “Minho com Vida”, após o referendo da liberalização do aborto — passam por promover actividades de apoio e formação à família; educação e consciencialização para a responsabilidade social; formação profissional dos cidadãos, integração e promoção social; e prevenção e reparação de situações de carência ou exclusão social. Têm ainda como objectivos a cooperação para o desenvolvimento e para a paz, no espaço lusófono e internacional; a defesa da vida, protecção e promoção dos direitos humanos e da igualdade de oportunidades e intervenção e reivindicação social e pública do reforço da família como núcleo fundamental da sociedade.

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