Presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais desafia ao diálogo com a «verdade dos outros»
D. Claudio Maria Celli afirma a complementaridade entre os meios de comunicação social impressos e os digitais, no futuro. Na conclusão do Congresso sobre a Imprensa Católica, o presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS) desafiou representantes de todo o mundo ao diálogo cultural.
“Não sou profeta, mas acho que caminhamos para uma maior complementaridade entre a imprensa e o digital. As novas tecnologias não eliminarão os jornais impressos”, disse D. Claudio Celli na sessão de encerramento do Congresso que reuniu em Roma, entre 4 e 7 de Outubro, cerca de 230 representantes de 85 países, incluindo Portugal.
Com os meios impressos e os digitais, os media católicos são convidados a servir a verdade o que implica, para o presidente do CPCS, um “respeito dialogante com a verdade dos outros”.
Para definir o trabalho dos meios de comunicação social católicos, D. Claudio Celli afirmou ser fundamental ter noções claras acerca do que deve ser a Igreja Católica, nos tempos actuais, onde o diálogo e a abertura a todas as pessoas devem ser uma marca fundamental.
Não é uma Igreja monolítica, apenas preocupada em defender-se. “É uma Igreja que se situa no caminho do homem, para acolher, para acompanhar”, referiu.
“Não somos uma Igreja reservada. Somos uma Igreja que dialoga com todos os homens”. Nesse sentido, “a nossa imprensa não é só para a comunidade católica. Nasce no coração católico que sabe dialogar com cada pessoa”, o que terá de ser feito com profissionalismo, referiu D. Claudio Celli.
Para ultrapassar o desafio da linguagem das ferramentas digitais exercendo, nesses meios, uma “diaconia da cultura”, sobretudo pelo testemunho.
D. Claudio Maria Celli informou o congresso que, nas próximas Assembleias, o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais irá analisar esses temas, propondo pistas de acção para toda a Igreja, mesmo que “a ritmos diferentes” nas várias partes do mundo.