“Contam-se sempre mais cardeais e bispos negros. A Igreja não tem fronteiras. Então, por que não um papa negro, um dia”? – foi o que disse à imprensa senegalesa, o arcebispo de Dacar, Senegal, D. Théodore-Adrien Sarr, indicado como um dos novos cardeais, a ser criado no próximo consistório, convocado por Bento XVI, para 24 de Novembro. D. Théodore-Adrien Sarr é um defensor do diálogo entre cristãos e muçulmanos, num país onde a convivência entre as religiões é, muitas vezes, citada como exemplo. O arcebispo disse ainda, que sua criação como cardeal reforçará o empenho da Igreja senegalesa na realização de obras em prol de um “bom relacionamento entre os filhos deste país”, mas que é preciso “rezar por um futuro próspero para o Senegal”. A imprensa senegalesa dedicou amplo espaço à indicação de D. Théodore-Adrien Sarr como um dos novos cardeais da Igreja, assim como o fez a imprensa queniana, em relação a D. John Njue, novo arcebispo de Nairóbi, que também figura entre os novos cardeais. “Para mim foi uma surpresa, eu não esperava” – ressaltou D. Njue, que é também presidente da Conferência Episcopal do Quénia. Dom Njue será o segundo cardeal queniano da história. É considerado um grande defensor dos direitos humanos e da luta contra as injustiças sociais. com Radio Vaticano