Imagem Peregrina despede-se em Machico

Bispo do Funchal consagrou a Diocese ao Imaculado Coração de Maria

Uma multidão de fiéis, das 96 paróquias da Diocese participou ontem na grande celebração de despedida da Imagem Peregrina, em Machico, presidida pelo Bispo do Funchal.
Um momento alto do acolhimento devotado ao longo de sete meses em que a Senhora de Fátima passou pelas comunidades, mas em que continua a mensagem, “agora mais viva e presente no coração de cada crente, estimulando a uma devoção filial mais coerente com a fé, mais comprometida na vida cristã e social”, salientou na homilia da celebração D. António Carrilho.
A passagem da Imagem Peregrina irá ficar também perpetuada numa estátua, anunciou: “a fazer memória deste tempo de graça que será sempre por todos recordado como verdadeira dádiva de Deus, colocaremos, em data a indicar oportunamente, junto da igreja do Imaculado Coração de Maria, no Funchal, uma estátua da Imagem Peregrina em mármore de Estremoz. Também ali poderão cruzar-se os nossos olhares com o olhar de Maria-Mãe, confiando-lhe os nosso sentimentos e acolhendo os apelos que ela dirige ao coração e à consciência de cada um de nós”.

Consagração da Diocese ao Imaculado Coração

No final da celebração, o Bispo do Funchal consagrou a Diocese ao Imaculado Coração de Maria: “sofrimentos, sonhos, trabalhos e esperanças”, expressos nas famílias, crianças, jovens, idosos e toda a Igreja em geral; renovando assim um gesto feito à Virgem Imaculada em 1993, no Terreiro da Luta.
As famílias, “para que cresçam sempre no amor e eduquem os seus filhos nos valores que promovem e dignificam a pessoa humana”; sem esquecer “as que estão feridas pelo egoísmo e desunião”; as crianças, para que “encontrem na família, na escola e na sociedade, a alegria de viver e de crescer em sabedoria, estatura e em graça, como Jesus Menino”; os adolescentes e jovens, “inquietos e sonhadores, esperança da Igreja e da Humanidade”, para que “a família e a comunidade eclesial os ajudem a discernir a sua vocação humana e cristã, e que eles saibam responder com generosidade à Voz de Deus;” os idosos e doentes, “que experimentam a solidão, o limite e a fragilidade”, para que Coração de Maria para os possa “consolar e os fortalecer”; a mesma intenção pelos “profissionais de saúde e todos os que acolhem e cuidam dos doentes nas suas casas”.
Na sua oração, o Bispo do Funchal consagrou também a “humanidade que trabalha, luta e procura construir um mundo mais humano e mais fraterno”; “os governantes, as instituições públicas e privadas, educativas e sociais, culturais e desportivas, e os diversos meios de comunicação social”; os “sacerdotes, os religiosos e religiosas, todas as vocações de especial consagração”; os “crentes e não crentes, os que vacilam na fé e procuram, por outros caminhos, a verdade e o sentido da vida”; e “os esforços do diálogo ecuménico e inter-religioso, para que produzam frutos de unidade e de paz.”
Por último, “as nossas paróquias, com os seus movimentos, associações, grupos e todos os agentes de pastoral”; e os “nossos emigrantes”.

Momento musical e Procissão das velas

A celebração de ontem na Praça do Fórum contou ainda com a presença do Bispo emérito do Funchal, D. Teodoro de Faria, muitos sacerdotes, seminaristas, diáconos e jovens que fizeram uma peregrinação a pé desde o Monumento a Cristo Rei, no Garajau.
Entre as entidades oficiais presentes destacavam-se o Presidente da Assembleia Legislativa, Miguel Mendonça; o Chefe do Executivo madeirense, Alberto João Jardim; o Secretário Regional do Equipamento Social, Santos Costa; e do presidente da Câmara Municipal de Machico, Emanuel Gomes, entre outros.
A celebração foi animada liturgicamente pelos Coros paroquiais de Machico, Santa Cruz, Camacha e Caniço; ficou marcada por um momento musical interpretado por Vânia Fernandes; e fogo de artifício na baía, perto da Capela de São Roque. No final, um “mar de luz”, com a procissão de velas, inundou todos os espaços até à igreja matriz de Machico.

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