Imaculada Conceição: «Viver com perguntas é próprio da fé» – D. José Cordeiro

Arcebispo de Braga presidiu à Missa da solenidade, no Santuário do Sameiro

Foto: Santuário do Sameiro

Braga, 08 dez 2022 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu hoje à Missa da solenidade da Imaculada Conceição, no Santuário do Sameiro, onde apresentou a Virgem Maria como “imagem e modelo” do que Deus quer fazer com a humanidade.

“Viver com perguntas é próprio da fé”, afirmou, na homilia da celebração, com transmissão televisiva.

A reflexão do arcebispo primaz partiu do relato evangélico da Anunciação à Virgem Maria, no qual é revelado um “grande mistério”.

“A fé é dar atenção a quem nos chama pelo nome e espera uma resposta”, indicou D. José Cordeiro.

O responsável católico sublinhou que a Imaculada Conceição, padroeira principal de Portugal, tem como nome “cheia de graça”.

“Maria, repleta do amor divino, desde o primeiro momento da sua existência, é providencialmente predestinada para ser mãe do Redentor”, acrescentou.

A homilia destacou a importância do anúncio, apontando que “o assombro da evangelização abre ao mistério”.

Na solenidade que a Igreja Católica celebrar anualmente a 8 de dezembro, D. José Cordeiro declarou que Maria é o “templo de Deus”, uma “figura singular” na história da salvação.

“Tudo acontece na esfera do Espírito Santo, que é a fecundidade de Deus, a potência geradora do Pai”, explicou.

O arcebispo primaz evocou ainda os 40 anos da visita ao Santuário do Sameiro por São João Paulo II.

“Podemos considerá-lo o santuário da família”, disse.

Que Maria, a Senhora da Conceição, do Santuário do Sameiro, nos ajude na viagem da nossa vida e ilumine o nosso peregrinar no Advento do reino dos céus e na comemoração anual do Natal, para que o nosso coração seja anfitrião da visita sempre surpreendente de Deus”.

Durante a celebração, teve lugar a admissão de novos irmãos da Confraria do Sameiro e investidura de irmãos honorários.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

Após a proclamação dogmática, surgiu em Portugal um movimento no sentido de erguer um monumento nacional que assinalasse a definição de Pio IX.

Em 1869 concluiu-se esse primeiro monumento, no Sameiro, em Braga, seguindo-se-lhe a construção dum santuário dedicado à Imaculada Conceição de Maria, cuja imagem foi coroada solenemente em 1904.

OC

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Agência ECCLESIA

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