Imaculada Conceição: Patriarca de Lisboa convida a olhar de esperança «perante Lisboa, Portugal e o mundo»

«A estruturação do mundo, baseada na esperança que emerge, pede gestos próprios para ir ao encontro do outro» – D. Rui Valério

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 09 dez 2023 (Ecclesia) – D. Rui Valério convidou a olhar com esperança para a capital, para Portugal e para o mundo, acreditando que apesar das “muitas dificuldades e crises”, a “humanidade voltará a ser iluminada pela paz e pela luz da alegria”.

“Gostaria de convosco, a partir desta Sé Patriarcal, olhar com esperança para Lisboa, para Portugal e para o mundo: visualizar as muitas dificuldades e crises que os assolam – económicas, sociais, éticas, civilizacionais, – mas sentir que, embora a nossos olhos surjam como intransponíveis, e de difícil resolução, acreditar que a Deus nada é impossível; acreditar que, pela sua ação, pela mediação de Cristo e a intercessão da Imaculada Conceição, a humanidade voltará a ser iluminada pela Paz e pela luz da alegria. A Imaculada Conceição é Ela a Senhora da Esperança”, afirmou o patriarca de Lisboa, durante a homilia na solenidade da Imaculada Conceição, na sé da capital, enviada à Agência ECCLESIA.

Na celebração, esta sexta-feira, o patriarca de Lisboa assinalou que “a Conceição Imaculada de Maria, não é só a expressão da nova humanidade e da história inovada e inovadora que assenta na vitória e no domínio definitivo sobre o mal; é sobretudo o seu começo, a sua abertura decisiva a uma nova geração no Espírito”.

“Que maravilha, reconhecer que a nova vida para a nova humanidade se inaugura em Maria, na sua própria pessoa, onde estão já os frutos e efeitos libertadores da ação redentora de Cristo”, sublinhou.

D. Rui Valério lamentou que o mundo de hoje seja marcado pelo despojamento de “referencias éticas, existenciais, onde parece haver espaço somente para o imediato universo individual”, mas convidou a descobrir a “presença maternal” na vida, que constitui um “fator de comunhão com Cristo”.

“O Mistério hoje celebrado, não nos convida apenas à contemplação, mas desafia-nos a deixarmo-nos tocar pelo desejo de pureza e santidade. E é disso que se trata: de celebrar o projeto de Deus em relação a cada um de nós”, sublinhou.

O patriarca de Lisboa convidou à “estruturação da vida nova”, baseados na “esperança que emerge, não em conceitos abstratos, mas num gesto da própria Virgem quando, na sua gloriosa santidade, nos ofereceu, com o seu exemplo, o movimento mais importante do cristão: descentrar-se de si para se voltar e concentrar em Deus; sair de si para ir ao encontro do outro”.

“Assim, hoje mesmo, caro irmão e cara irmã, reencontra a força que brota deste mistério e permite que inunde todo o teu ser e toda a tua vida”, convidou o patriarca de Lisboa.

LS

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Agência ECCLESIA

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