Sublinhou o Bispo do Funchal na homilia da Solenidade da Imaculada Conceição O bispo da Diocese do Funchal, D. Teodoro de Faria, considerou ontem (Solenidade da Imaculada Conceição) que «os temas das iluminações de Natal são cada vez mais vazios de sentido religioso, exceptuando os anjos que vigiam a entrada da Catedral como os guardas do túmulo de Cristo». Estas palavras de D. Teodoro de Faria foram proferidas na homilia da solenidade da Imaculada Conceição, a qual decorreu a partir das 11 horas, na Sé O Bispo do Funchal adiantou que os símbolos e mentalidade consumista abundam por todos os lados, já fazem parte do tempo natalício. Afirmou que estes não pretendem substituir o Menino Jesus nem se opõem ao presépio mas «são os ícones da sociedade pluralista e secularizada que os empola até ao exagero». Na sua homilia, D. Teodoro Faria criticou aquela parte da sociedade, que aumenta cada vez mais e que se orgulha da sua «laicidade secularização, rejeitando Deus e a Igreja». O Prelado madeirense considerou que para estar presente na sociedade pluralista, a Igreja precisa de prepara os cristãos para dialogar com a “intelligentia”. A Igreja deve, no entender do Bispo, afastar atitudes de arrogância, não tentar impor-se pela força do direito, mas através de um diálogo sereno, longo e difícil, com uma grande estima pelo valor da liberdade do indivíduo. D. Teodoro adiantou ainda que nos dias que correm aumenta «o desejo da omnipotência e diminui o respeito da dignidade humana», assim como condena-se a massificação cultural mas serve-se da mentira como arma para destruir o adversário. O Bispo do Funchal deu o exemplo do que aconteceu recentemente quando alguns quiseram demonstrar que D. Teodoro estaria contra o Padre que se mostrou contra a forma como o Natal foi invadido pela agressividade comercial. Aliás, D. Teodoro Faria voltou a aproveitar a ocasião para lembrar que estão a ser adulteradas figuras de santos como o Pai Natal que aparece a substituir São Nicolau e a Befana na Itália a personificar a Epifania. O Bispo condenou o facto de nalgumas sociedades pluralistas, Cristo não aparecer no Natal. Estas, segundo adiantou, celebram «a festa da estação, com muitas ofertas, divertimentos e jantares». Mas, entre nós, conforme adiantou, o Natal de Jesus Cristo ainda prevalece nos ritos religiosos, alegrias e festas. Uma situação que o Bispo vê com satisfação é o facto da tradição das Missas do Parto nunca ter estado tão viva e difusa como agora, chegando mesmo à Catedral.