II Concílio do Vaticano: Paulo VI anunciou a criação do Sínodo dos Bispos

Quando estamos a dois passos do encerramento do Sínodos dos Bispos, dedicado às questões da família, convém recordar que foi o Papa Paulo VI que anunciou a criação desta instituição.

Quando estamos a dois passos do encerramento do Sínodos dos Bispos, dedicado às questões da família, convém recordar que foi o Papa Paulo VI que anunciou a criação desta instituição.

A terminar o discurso inaugural da última fase do II Concílio do Vaticano (14 de setembro de 1965), o Papa Montini anunciou a criação do Sínodo dos Bispos. No dia seguinte, quando se iniciou a 128ª Congregação geral, o cardeal Pericle Felici, secretário-geral desta assembleia magna (1962-1965), anunciava a promulgação do Motu Proprio «Apostolica Sollicitudo» que instituía oficialmente a existência do Sínodo.

O primeiro reuniu em 1967 e nele se tratou da preservação e reforço da fé católica, da sua integridade, e do seu vigor, desenvolvimento, coerência doutrinal e histórica e se pediu a revisão do Código de Direito Canónico de 1917. O último está decorrer no Vaticano e termina este domingo, 25 de outubro.

O nascimento do Sínodo dos Bispos surgiu como resposta ao desejo dos padres conciliares de manterem vivo o autêntico espírito formado pela experiência conciliar. Já na fase preparatória do II Concílio do Vaticano, convocado pelo Papa João XXIII, foi amadurecendo a ideia de um organismo episcopal que assistisse o Papa no governo da Igreja Universal.

Já em 1959, a propósito do governo central da Igreja, o cardeal italiano, Sílvio Oddi, propunha a existência de um órgão consultivo: “Em diversas partes lamenta-se que a Igreja não tenha, fora das congregações, um órgão consultivo permanente, uma espécie de «concílio reduzido» que compreenda expoentes de toda a Igreja, que se reúna periodicamente, uma vez por ano, para discutir os maiores problemas e para sugerir eventuais novas diretrizes na «política» da Igreja” (Rodrigues, Manuel Augusto; In: «Correio de Coimbra»; 07 novembro de 2013). 

Por sua vez, o cardeal Alfrink, arcebispo de Utrecht, escrevia a 22 de dezembro de 1959, que “em termos claros” o II Concílio do Vaticano devia proclamar que o governo da Igreja universal é de direito exercido pelo colégio dos bispos, tento como cabeça o Papa. No entanto, foi o Papa Paulo VI quem deu andamento a estas ideias. Ainda arcebispo de Milão (Itália), no discurso comemorativo por ocasião da morte de João XXIII, referiu-se à responsabilidade dos bispos no governo de toda a Igreja. Eleito Papa, várias vezes abordou o assunto em vários discursos.

50 anos depois, a Igreja está em Sínodo e a família no centro dessa instituição…

LFS

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