Quando se realizou o II Concílio do Vaticano (1962-65), o bispo da Diocese do Funchal (Ilha da Madeira) era D. David de Sousa. O prelado que esteve naquele território eclesial de 1957 a 1965 fez diversas reformas na diocese madeirense
Quando se realizou o II Concílio do Vaticano (1962-65), o bispo da Diocese do Funchal (Ilha da Madeira) era D. David de Sousa. O prelado que esteve naquele território eclesial de 1957 a 1965 fez diversas reformas na diocese madeirense
O período do seu pontificado é assinalado pelo grande acontecimento do século XX, o II Concílio do Vaticano, e pelas diversas “reformas” na diocese do Funchal, nomeadamente os seminários, as paróquias, a catequese, a boa imprensa e o ensino católico. O magistério e o pontificado de D. Frei David de Sousa enquanto bispo do Funchal é francamente marcado por estas preocupações pastorais.
O seminário e as vocações são o fator que mede a vitalidade de uma diocese. O Seminário é de facto o «coração da diocese».
A revitalização dos seminários e obra das vocações não constituiu um problema para a diocese, ou seja, não houve impedimento por parte do clero e dos fiéis. No entanto, o prelado viu-se obrigado a “esvaziar as pequenas economias da diocese e do Cabido e a solicitar a colaboração de todas as paróquias da diocese”, refere Vítor de Sousa na tese
«D. Frei David de Sousa, bispo do Funchal (1957-1965) – Igreja e sociedade madeirense na segunda metade do século XX»
D. David de Sousa encontrou uma diocese com várias lacunas em relação aos seminários e vocações. O principal problema da diocese, segundo o prelado, estava identificado. Esta identificação ficou a dever-se, em grande parte, a uma visita apostólica realizada à diocese no ano de 1956. Nessa ocasião o visitador apostólico, no seu relatório, comunicou à Santa Sé a situação dos seminários e vocações na diocese funchalense. Por sua vez, a Santa Sé, através da Sagrada Congregação dos seminários e das universidades, comunicou ao bispo diocesano a urgência de uma reforma da pastoral das vocações e seminários. Estas indicações da Santa Sé são uma das heranças que D. Frei David de Sousa vai receber quando é nomeado bispo do Funchal.
As indicações dadas pela Santa Sé são precisas quanto ao que fazer para resolver o problema da obra das vocações e seminário. Sobre este tema das vocações é relevante recordar que o prelado precedente tivera um pontificado demasiado longo e que nos últimos anos perdera “imaginação” pastoral, ou seja, estava já desgastado devido à doença e à idade avançada. As orientações dadas pela Santa Sé estão de certo modo presentes na carta pastoral sobre os seminários, pela qual D. Frei David anuncia a atualização dos seminários e obra das vocações na diocese do Funchal.
LFS