II Concílio do Vaticano: O espelho de letras de Henri Fesquet

Com a extraordinária documentação obtida, Henri Fesquet compilou um autêntico roteiro do concílio. Da sua pena saíram três volumes «O Diário do Concílio». Uma obra imprescindível para compreender o presente e o futuro dos movimentos da Igreja católica, as suas crises internas e ideológicas e a vasta problemática de aproximação das diversas igrejas do mundo.

Durante quatro anos (1962-65), Henri Fesquet foi o enviado especial do jornal francês «Le Monde» para acompanhar o desenrolar do II Concílio do Vaticano. Este jornalista seguiu as complexas e inquietantes assembleias conciliares, durante as quais foram tomadas decisões de capital importância para a Igreja do século XX e XXI.

Nas sessões conciliares que decorreram na Basílica de São Pedro foram tomadas posições que ajudaram a sarar feridas com alguns séculos, para solucionar diferendos teológicos que se arrastavam desde a época dos primeiros cismas e para a aferição do espírito da Igreja ao ritmo dos problemas sociais e morais da atualidade.

Com a extraordinária documentação obtida, Henri Fesquet compilou um autêntico roteiro do concílio. Da sua pena saíram três volumes «O Diário do Concílio». Uma obra imprescindível para compreender o presente e o futuro dos movimentos da Igreja católica, as suas crises internas e ideológicas e a vasta problemática de aproximação das diversas igrejas do mundo. Escrita no tom que convinha à seriedade do tema, enriquecida por pertinentes e abundantes comentários e notas críticas do jornalista do «Le Monde», não lhe faltam ainda todos os condimentos indispensáveis às obras de profundo interesse humano.

Das páginas da obra «O Diário do Concílio», onde a argúcia de argumentação se casa com o brilhantismo do estilo, destaca-se, por intermédio de comunicações que lograram inexcedível retumbância social e teológica, a figura extraordinária do Papa João XXIII, cuja modernidade de pensamento e decisão Henri Fesquet soube captar com uma notória montagem de pormenores e de incidências.

Um dos padres conciliares, D. Hélder da Câmara, refere que os escritos de Henri Fesquet sobre o concílio “podem causar, talvez, num primeiro momento, um certo mal-estar. Mas parece-me fácil descobrir, detrás de cada frase, um autêntico interesse pela Igreja, e ouvir pulsar, durante toda a leitura, um coração verdadeiramente cristão”.

Para o arcebispo de Olinda e Recife, o que tem “o ar de ser sensacional parece-me ser, precisamente, uma linguagem adaptada ao nosso tempo e a escolha de um ângulo capaz de chamar a atenção do povo para assuntos religiosos que são quase sempre julgados pouco interessantes”, sublinha D. Hélder da Câmara no início do I volume da obra «O Diário do Concílio» da autoria de Henri Fesquet.

LFS

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