II Concílio do Vaticano: D. Francisco Rendeiro, o «bispo do sorriso»

O bispo português, D. Francisco Rendeiro, participou nas quatro sessões do II Concílio do Vaticano (1962-65). Natural da Murtosa (Diocese de Aveiro), este prelado da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) que foi bispo do Algarve e de Coimbra fez 10 intervenções nos trabalhos conciliares.

O bispo português, D. Francisco Rendeiro, participou nas quatro sessões do II Concílio do Vaticano (1962-65). Natural da Murtosa (Diocese de Aveiro), este prelado da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) que foi bispo do Algarve e de Coimbra fez 10 intervenções nos trabalhos conciliares.

D. Francisco Rendeiro nasceu a 15 de dezembro de 1915 e faleceu a 19 de maio de 1971. Durante o seu percurso pastoral, este dominicano foi apelidado de «padre do sorriso» e, depois de ser nomeado bispo coadjutor do Algarve (22 de dezembro de 1952), ganhou o cognome de «bispo do sorriso».

No jornal «Novidades» de 22 de maio de 1971, frei José Peirone que privou com ele descreve-o assim: “O trato característico de personalidade fenoménica do padre Rendeiro era um sorriso feito de bondade e cheia de caridade”.

Depois de ter sido sagrado bispo a 12 de abril de 1953, em Fátima, pelo cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, o prelado dominicano foi “um mestre clarividente, sempre atento aos problemas e às necessidades” do seu tempo. Depois da morte de D. Marcelino Franco (03 de dezembro de 1955), o seu pontificado marca “uma fase de intensa renovação da vida religiosa em todas as suas manifestações”, escreveu o órgão da diocese algarvia, «Folha do Domingo», no dia 22 de maio de 1971.

O património artístico e religioso da Diocese do Algarve ficou “profundamente enriquecido e valorizado” e o seminário diocesano foi objeto da “elevada solicitude”, lê-se na mesma edição daquele órgão.

A 15 de julho de 1965, o bispo natural da Murtosa foi nomeado coadjutor com futura sucessão de D. Ernesto Sena de Oliveira, bispo de Coimbra. Logo que entrou na diocese, assumiu o encargo “das visitas pastorais às paróquias, insensível à fadiga, visitando em cada domingo duas paróquias, uma de manhã e outra à tarde, sempre com o mesmo zelo e a mesma calma”, cf. «Correio de Coimbra» de 20 de maio de 1971.

Depois dos anos passados em terras algarvias, coube ao D. Francisco Rendeiro iniciar a aplicação dos decretos e constituições promulgadas no II Concílio do Vaticano na diocese de Coimbra. Assim, a 23 de outubro de 1967, publica o decreto que instituiu o conselho presbiteral e convoca os padres para, por zonas, escolherem os membros representantes para o referido conselho.

Este padre conciliar foi um conferencista “notável”. “Preciso nas ideias e claro no estilo, os seus trabalhos eram escutados com atenção”. Um pastor no verdadeiro sentido da palavra, refere o mesmo órgão de comunicação da Diocese de Coimbra.

LFS

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