Em Portugal foi na arquidiocese de Évora, em Viana do Alentejo, a 14 de janeiro de 1965 que pela primeira uma missa foi concelebrada de acordo com as normas do conselho para a execução da reforma litúrgica. A celebração (na foto) foi presidida pelo padre Wenceslau de Almeida Gil (pároco de Viana) que festejava as bodas de prata sacerdotais
Em Portugal foi na arquidiocese de Évora, em Viana do Alentejo, a 14 de janeiro de 1965 que pela primeira uma missa foi concelebrada de acordo com as normas do conselho para a execução da reforma litúrgica.
A celebração (na foto) foi presidida pelo padre Wenceslau de Almeida Gil (pároco de Viana) que festejava as bodas de prata sacerdotais. Concelebraram com ele 12 padres.
A primeira fase da reforma litúrgica decidida pelo II Concílio do Vaticano entrou em vigor a 07 de março de 1965 (primeiro domingo da Quaresma desse ano). Esta data foi fixada pelo Papa Paulo VI quando aprovou a instrução de 26 de setembro de 1964 preparada pelo conselho para a execução da reforma litúrgica de colaboração com a congregação dos ritos.
A concelebração em Viana do Alentejo foi autorizada pelo conselho litúrgico e “uma completa documentação fotográfica e cinematográfica de toda a ação litúrgica seguiu para Roma para estudo e arquivo” (In: Boletim de Informação Pastoral nº 37-38, página 51).
O mesmo órgão de comunicação social revela que foi lhe foi enviado um “relato de toda a concelebração acompanhada de judicioso comentário crítico” que não é publicado “integralmente devido ao caracter de certo modo experimental” da celebração.
Ao fazer o balanço desta primeira fase, o Boletim de Informação Pastoral citado salienta que em Portugal esta fase teve uma “aceitação dócil e uma preparação fraca”. Ao fazer referência à leitura dos textos em vernáculo, a publicação conclui que de um “modo geral os leitores não leem bem”.
Quando as leituras em feitas em latim, “as deficiências passavam mais ou menos despercebidas a quem ignorava aquela língua”. Após os primeiros tempos da reforma litúrgica “todas as deficiências de ritmo, entoação, expressão, agravadas pelas deficiências das próprias traduções, já não podem passar despercebidas”.
Além disso, “não se leem os textos litúrgicos como se lê alto qualquer texto. E a leitura duma epístola ou evangelho não se faz da mesma maneira que a de uma oração ou de um texto de uma antífona que em princípio devia ser cantada”.
Há regras que “precisam de ser formuladas, aprendidas e respeitadas”. Neste domínio “pouco ou nada se fez entre nós”, lamenta-se no Boletim de Informação Pastoral nº 37-38, página 47.
LFS