Simpósio sobre «Comunhão e Solidariedade» irá decorrer em Roma As Igrejas na África e na Europa vão promover, pela segunda vez na história, um Simpósio com o objectivo de debater sobre a contribuição da Igreja na solidariedade entre os dois continentes. Depois de em Fevereiro de 2003 se terem reunido em Lisboa, para o colóquio “A África e a União Europeia: Parceiros na solidariedade”, Bispos de 30 países europeus e 32 nações africanas estarão presentes no Simpósio, juntamente com delegados de organizações de solidariedade, representantes de 7 Dicastérios da Santa Sé e de organismos eclesiais da Ásia e América. O evento é organizado pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) e pelo Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM), decorrendo de 10 a 13 de Novembro, em Roma. Ainda hoje, a Santa Sé publicou a intervenção do seu Observador permanente na ONU, no decorrer da plenária da 59ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual o arcebispo Celestino Migliore considerava que “as dificuldades presentes da África deveriam ser vistas como uma janela de oportunidade para criar um novo paradigma da solidariedade global”. Na cimeira de Roma, a Igreja Católica irá abordar questões relacionadas com a cooperação entre a África e a Europa, bem como os desafios que se levantam por causa da sua presença nos dois continentes. Outro tema em que a Igreja irá insistir relaciona-se com os problemas da Sida e das pandemias que minam o continente africano. A COMECE e o SCEAM têm sido protagonistas destacados no diálogo religioso, político, económico e cultural entre os dois continentes. A COMECE, constituída por delegados das Conferências Episcopais da União Europeia, trabalha em estreita colaboração com as agências católicas de desenvolvimento, como a “Cooperação internacional para o desenvolvimento e a solidariedade” (CIDSE), a “Rede Fé e Justiça África-Europa” (AEFJN) e a “Caritas Europa” para destacar a responsabilidade da UE no desenvolvimento global. A SCEAM nasceu em 1969 e tem como um dos seus objectivos principais “oferecer aos Bispos africanos a possibilidade de se concertarem, tendo em vista encontrar soluções de conjunto para os problemas maiores com que é confrontada a sua Igreja”.