Os líderes da comissão conjunta da Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e o Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) estiveram reunidos durante 4 dias na Polónia para avaliar a situação ecuménica no continente, tendo chegado à conclusão que “uma Europa unida politicamente, mas com as Igrejas divididas, seria insustentável”. Para que o contributo das Igrejas no futuro da Europa seja eficaz, os membros da comissão asseguraram que “é necessário encontrar pontos comuns sobre temas que ainda hoje as dividem”, sobretudo no âmbito ético e dos valores. De acordo com D. Amédée Grab, presidente da CCEE, o actual contexto multireligioso e o processo de reunificação europeia apresentam novos desafios às Igrejas cristãs. “As divisões religiosas, nascidas por motivos históricos ou culturais, jurisdicionais ou psicológicos, precisam de ser superadas através do diálogo profundo e co-responsável”, afirmou. A reunião, concluída no passado dia 1 de Fevereiro, fez referência ao actual processo de redacção do Tratado Constitucional da UE, com os responsáveis a criticarem a “alergia” dos políticos europeus em relação ao “reconhecimento do facto histórico da presença do cristianismo como elemento construtivo da história do continente”. Os participantes neste encontro anunciaram que a III Assembleia Ecuménica Europeia terá como tema “Cristo é a luz do futuro”. A comissão conjunta tem-se reunido anualmente desde 1972 e é responsável pelas relações entre a KEK e a CCEE.
