Igrejas cristãs lançam apelo de paz na República Democrática do Congo

Violentos combates continuam a marcar o dia a dia no leste da República Democrática do Congo, obrigando milhares de pessoas a fugir. Este Domingo, nas igrejas católicas e protestantes de Goma, no norte de Kivu, região leste da RDC, foi lida uma mensagem que convida os fiéis a estarem atentos para evitar a difusão do “espírito de divisão e do tribalismo” e a actuarem, ao invés, pela paz e pelo acolhimento recíproco. “É preciso promover a paz nos nossos corações, na nossa cidade, na nossa província e no nosso país”, afirmam os líderes das confissões cristãs na sua mensagem, divulgada pela agência Fides. As Igrejas pedem, ainda, ao governo congolês, que “forme o mais rapidamente possível um exército e uma polícia nacional integrados”, e que o Ruanda e a República Democrática do Congo “privilegiem a via diplomática em lugar das armas”. “Os dirigentes dos dois países devem convencer-se de que os seus povos estão condenados a viver juntos e que, como consequência, qualquer solução militar constitui uma grave ferida à solidariedade africana e um insulto à ideia de União Africana”, apontam. A República Democrática do Congo afirma-se como o palco da mais sangrenta guerra desde 1945 até hoje. Segundo a International Rescue Commitee, uma organização não-governamental com sede em Nova Iorque, 3 milhões e 800 mil pessoas morreram na RDC nos últimos seis anos, por causa da guerra e da destruição que esta provoca.

Partilhar:
Scroll to Top