Uma religiosa católica foi assassinada na Somália, um crime que poderá estar ligado à tensão crescente nos países islâmicos contra o Papa Bento XVI. Dois homens foram já presos e acusados do homícido da irmã Leonela e de um guarda. A freira das Missionárias da Consolata, de 66 anos, foi baleada no hospital para crianças no Mogadíscio onde colaborava, tendo morrido na sala de operações. O Vaticano considerou este acto como “horrível”, mas espera que seja um caso isolado. Entretanto, quatro igrejas católicas foram queimadas nos territórios palestinianos. No Egipto, depois da intervenção do Papa no Angelus, a Congregação Irmãos muçulmanos declarou que a “retractação do Papa é suficiente”, no entanto há ainda a registar manifestações. Sábado, apesar de o Vaticano ter explicado que Bento XVI “está desolado” por certas passagens do seu discurso terem podido parecer ofensivas para a sensibilidade dos crentes muçulmanos, o mundo islâmico manteve os seus protestos (entre eles o do rei de Marrocos, Mohammed VI), muitos deles violentos. Em Gaza e na Cisjordânia, cinco igrejas foram atacadas e, em Bassorá (Iraque), outro espaço religioso foi alvo de um atentado à bomba mal foram abertas as portas aos crentes.