Igreja venezuelana contesta nova lei dos serviços secretos

A Igreja Católica na Venezuela manifestou-se sobre a recém-promulgada lei dos serviços secretos, classificando-a como “inconstitucional”, e advertiu que o segredo da confissão é inviolável e, portanto, que os sacerdotes não se tornarão “delatores”. “Esta lei também tocaria o segredo (de confissão, ndr), mas não podemos transigir, porque fiéis têm o direito à privacidade e ao segredo do que dizem ao confessor, que, por sua vez, não pode se converter em delator”, disse o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Sabino. Segundo o Cardeal, a nova Lei de Informações e Contra-informações (serviços secretos) é “muito nebulosa” e “preocupa-nos muito porque parece contrária aos direitos fundamentais consagrados na Constituição”. Por sua vez, o vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano e arcebispo de Mérida, D. Baltazar E. Porras Cardozo, frisou que a nova lei dos serviços secretos “viola a Constituição”. “Comparando-a com as leis dos anos 30 e 40 em países como a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, a Espanha de Franco ou em Portugal de Salazar, percebemos que é uma lei que viola de maneira permanente e descarada os direitos humanos”, disse. Para o Cardeal, a lei “rompe com o mais elementar, a convivência familiar, local e cívica no bairro, porque todos se transformam em espiões”. (Com Rádio Vaticano)

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Agência ECCLESIA

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