Santa Sé está a investigar demissão de responsável daquela obra humanitária mas «recusa qualquer tentativa de depreciação» da mesma
Cidade do Vaticano, 17 jan 2017 (Ecclesia) – O Vaticano reafirmou hoje o seu apoio ao trabalho que os membros e voluntários da Ordem Soberana Militar de Malta realizam em todo o mundo.
Em comunicado publicado esta terça-feira, a Santa Sé destaca a importância das linhas de ação que marcam a Ordem, a “defesa da fé” e o “serviço aos pobres, doentes e às pessoas mais vulneráveis”.
Esta posição do Vaticano surge na sequência da decisão do Papa Francisco em criar uma comissão de investigação para avaliar a recente suspensão de um responsável da Ordem de Malta, Albrecht von Boeselager, até então grão-chanceler daquele organismo.
Na declaração avançada hoje, a Santa Sé reitera a necessidade de uma investigação mas “recusa toda e qualquer tentativa de depreciar as figuras ou a obra” da Ordem de Malta.
O Vaticano sublinha ainda que “confia na total colaboração de todos nesta fase tão delicada” e remete mais decisões para a chegada do “relatório” que está a ser elaborado pela referida comissão, acrescentando que terá sempre em mente “o bem da Ordem Soberana Militar de Malta e da Igreja Católica”.
A Soberana Ordem Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, de Rodas e de Malta, mais conhecida como a Soberana Ordem de Malta, é uma das mais antigas ordens religiosas católicas, fundada em Jerusalém por volta de 1050.
Atualmente é considerada um Estado à luz do Direito internacional, embora sem território, e conta com 14 000 membros e 90 000 voluntários nos cinco continentes.
Em Portugal, está representada através da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, fundada em 1899.
JCP