Comissão organizadora do encontro sobre a proteção de menores enviou carta aos participantes na reunião de fevereiro de 2019
Cidade, 19 dez 2018 (Ecclesia) – A comissão organizadora do encontro para a proteção dos menores na Igreja enviou uma carta aos presidentes das conferências episcopais convidando-os a “seguir o exemplo do Papa Francisco” encontrando-se com as vítimas de abusos e solicitando respostas a “um breve questionário”.
De acordo com um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado esta terça-feira, os presidentes das conferências episcopais são convidados a realizar o encontro com as vítimas de abusos antes do encontro de Roma, em fevereiro de 2019.
O Papa Francisco convocou os presidentes de todas as conferências episcopais do mundo para um encontro no Vaticano, de 21 a 24 de fevereiro de 2019, dedicado ao tema da “proteção dos menores”.
De acordo com a Sala de Imprensa, a carta da comissão organizadora “inclui um breve questionário que será utilizado para a preparação interna do encontro”.
A Sala de Imprensa adianta que “responsabilidade, assunção de responsabilidades e transparência” são os três temas principais do encontro e que “os participantes trabalharão juntos para responder a este grave desafio”.
“O primeiro passo deve ser tomar consciência da verdade do que aconteceu”, refere a carta, de acordo com o comunicado da Sala de Imprensa.
“Por esta razão, instamos cada presidente a aproximar-se das vitimas que sofreram abusos por parte do clero nos seus respetivos países antes da reunião de Roma, e saber em primeira mão o sofrimento que suportaram”, acrescenta o documento.
Os encontros dos presidentes das conferências episcopais “são uma forma concreta de reafirmar que os sobreviventes de abusos clericais são uma prioridade de todos durante o encontro de fevereiro, na medida em que se unem ‘em solidariedade, humildade e penitência’ para avançar na crise dos abusos”.
Em 2012, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou diretrizes para casos de abuso sexual de menores, que estão a e estão a ser aplicadas em Portugal, em coordenação com as “orientações” que chegam da Santa Sé.
O ‘guia’, dividido em 51 pontos, respondeu a uma exigência feita pela Congregação da Doutrina da Fé, organismo da Santa Sé, que em 2011 solicitou aos episcopados católicos de todo o mundo a elaboração de diretivas próprias para tratar os casos de abusos sexuais.
PR