«Domingo do mar» vai ser assinalado no dia 10 de julho
Cidade do Vaticano, 04 jul 2016 (Ecclesia) – A mensagem do Vaticano para o Domingo do Mar, que vai ser assinalado no dia 10 de julho, salienta a urgência de dar maior dignidade à vida de todos quantos trabalham no mar, assim como às suas famílias.
O presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes (Santa Sé) realça que, apesar da importância da indústria pesqueira para o quotidiano de todas as pessoas, são muitos os perigos e dificuldades que continuam a marcar a vida dos marinheiros, a nível psicológico, físico e afetivo.
Numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Antonio Vegliò recorda os marinheiros vítimas “das forças da natureza, da pirataria e do assalto à mão armada”, o desafio que é ver “negado o direito a vir a terra ou a deixar a embarcação, depois de dias ou semanas no mar”.
O cardeal italiano destaca ainda as famílias destes trabalhadores, que muitas vezes “não veem os seus entes queridos durante meses e mesmo anos”.
“Crianças que crescem sem pai enquanto todas as responsabilidades recaem nos ombros da mãe”, lamenta o responsável católico.
Depois há também a questão da “exploração” a que muitos dos marinheiros estão sujeitos, trabalhando horas a fio para depois verem os seus salários “em atraso ou não serem pagos de todo”.
Para a Santa Sé, é fundamental “reiterar” e “proteger” o direito dos marinheiros a uma vida digna e a um trabalho digno.
Nesse sentido, o Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes apela aos governos internacionais e às entidades marítimas competentes para que reforcem a aplicação de medidas de proteção para todos os trabalhadores do mar.
Aquele organismo defende uma implementação mais eficaz da convenção da Organização Internacional do Trabalho respeitante à atividade laboral no meio marítimo, em particular da “regulação 4.4” que é dedicada à questão do direito de acesso dos marinheiros “a instalações terrestres e a serviços que assegurem a sua saúde e bem-estar”.
O mesmo Conselho Pontifício desafia todas os cristãos, de todas as dioceses do mundo, sobretudo aquelas mais ligadas ao mar, a “implementarem e apoiarem o Apostolado Marítimo”.
Para que ele possa ser “um sinal visível do nosso afeto a todos quantos estão impossibilitados de receber um apoio pastoral normal”, conclui D. Antonio Vegliò.
JCP