Jorge Mario Bergoglio nasceu a 17 de dezembro de 1936
Cidade do Vaticano, 13 dez 2016 (Ecclesia) – O Vaticano criou um endereço de email para todos os que desejarem felicitar o Papa pelo seu 80.º aniversário natalício, que se celebra este sábado.
O endereço está disponível em várias línguas – PapaFrancisco80@vatican.va, PopeFrancis80@vatican.va, Papafranciscus80@vatican.va, PapeFrancois80@vatican.va, PapstFranziskus80@vatican.va – e é acompanhado, nas redes sociais, pelo marcador (hashtag) #pontifex80.
O dia de aniversário do Papa vai começar com uma Missa, às 08h00 de Roma (menos uma em Lisboa), na Capela Paulina do Palácio Apostólico, com a presença dos cardeais residentes em Roma, e prossegue com a habitual agenda de encontros.
O padre Federico Lombardi, antigo porta-voz do Vaticano, assina um texto de homenagem a Franscisco, na revista italiana ‘La Civiltà Catt0lica’em que apresenta o Papa como “um líder de estatura mundial”, reconhecido por cristãos, crentes de outras religiões e “muitíssimos não-crentes”.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.
Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.
O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.
Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: "Olhou-o com misericórdia e escolheu-o."
O cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.
Em 44 meses, o Papa argentino fez 17 viagens internacionais, nas quais visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão e Suécia, bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).
Francisco realizou ainda 12 viagens na Itália, incluindo duas a Assis, onde promoveu a 20 de setembro deste ano uma jornada inter-religiosa de oração pela paz, bem como uma passagem pela ilha de Lampedusa e uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial, para além de outras visitas a paróquias na Diocese de Roma.
Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas 'Laudato si', dedicada a questões ecológicas, a 'Lumen Fidei' (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e as exortações apostólicas 'Evangelii Gaudium' (A alegria do Evangelho) e ‘Amores Laetitia’ (A alegria do amor).
Este último documento recolhe as conclusões do Sínodo sobre a Família, em duas sessões (2014 e 2015), com consultas alargadas às comunidades católicas.
O Papa promoveu ainda um Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), terceiro ano santo extraordinário na história da Igreja Católica, durante o qual canonizou Madre Teresa de Calcutá, e um Ano da Vida Consagrada.
A reforma da Cúria Romana, com a ajuda de um Conselho de Cardeais dos cinco continentes, já levou à criação de dois dicastérios (Leigos, a Família e a Vida; para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral) e de várias medidas na administração económico-financeira da Santa Sé e do Estado do Vaticano.
OC