Igreja/UE: Comissão Nacional Justiça e Paz saúda aprovação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais

Organismo católico destaca passo rumo à resolução da «crise de confiança» que afeta a União Europeia

Lisboa, 04 dez 2017 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz saudou hoje a aprovação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, na recente cimeira de Gotemburgo.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, aquele organismo da Igreja Católica em Portugal destacou a importância deste passo, “num contexto de notória crise de confiança no projeto da unidade europeia”, onde têm “predominado as dimensões económica e financeira”.

“Só com essa dimensão social, a Europa será encarada por todos os seus cidadãos como uma verdadeira comunidade, mobilizada em torno de valores comuns (não um simples compromisso entre interesses contrapostos), entre os quais assumem particular relevo os da justiça e da solidariedade. E só dessa forma poderá ser ultrapassada tal crise de confiança”, frisa a CNJP.

A posição do organismo católico português é conhecida no dia em que o também português Mário Centeno, ministro das Finanças do Governo em Portugal, foi eleito presidente do Eurogrupo.

Um órgão que é composto pelos detentores da pasta das Finanças em todos os Estados da Zona Euro, que mensalmente se reúnem para debater e idealizar a política económica da UE.

Atualmente, o Eurogrupo é composto por 19 membros e era liderado anteriormente pelo ministro das Finanças dos Países Baixos, Jeroen Dijsselbloem.

A CNJP realça, a propósito da aprovação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, a importância da definição de “princípios e direitos sociais relativos à igualdade de oportunidades e acesso ao mercado de trabalho”.

Também no que diz respeito “à igualdade entre homens e mulheres, ao apoio ativo ao emprego, ao emprego seguro e adaptável, ao salário justo, à proteção em caso de despedimento”.

Questões como o “equilíbrio entre vida profissional e familiar”, de um “ambiente de trabalho são e seguro”, do “acolhimento e apoio a crianças”, da proteção “em caso de desemprego”, do acesso a “cuidados de saúde” e a “proteção na velhice com pensões dignas” ou a “inclusão das pessoas com deficiência” e os “sem-abrigo” têm agora também um enquadramento mais efetivo.

Importa agora “concretizar e implementar os princípios proclamados, que não podem permanecer uma declaração vaga e genérica”, realça a CNJP, que aponta a urgência de, à semelhança do passado, não serem “apenas alguns a carregar pesos e a fazer sacrifícios extraordinários, enquanto outros permanecem escondidos na defesa de posições privilegiadas”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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