Angra do Heroísmo, Açores, 13 nov 2015 (Ecclesia) – A professora universitária Margarida Lalanda destacou que o turismo religioso é um “fenómeno incontornável” hoje e defendeu uma ação conjunta e concertada entre operadores, estudiosos e entidades eclesiásticas, no terceiro Fórum de Turismo, em Ponta Delgada.
“Sem esta ação concertada dificilmente se poderá desenvolver uma prática sustentável do turismo religioso. Precisamos desta ação conjunta não só para promover o turismo propriamente dito mas para um melhor esclarecimento da própria identidade cultural e religiosa”, disse a investigadora ao portal de informação da Diocese de Angra.
Segundo Margarida Lalanda “é muito importante” a participação efetiva de quem pratica as principais vivências religiosas do arquipélago” porque são estas pessoas que “conseguem perceber e identificar as necessidades dos turistas”.
Neste contexto, a docente na Universidade dos Açores recordou também a importância do turismo religioso na “evangelização e missão” uma vez que remete para o conhecimento de uma identidade própria de cada comunidade.
A investigadora observou que se dá a conhecer a beleza de um património que “precisa ser lido, transmitido e traduzido” e recorda que a descodificação do património religioso “é importante” para quem promove um destino, quem acolhe e quem visita que “não pode ser considerado um intruso”.
Margarida Lalanda, destaca ainda a lógica da Pastoral do Turismo, da Igreja Católica, estar integrada na pastoral Social e Mobilidade Humana, “dimensão bem reveladora do acolhimento”.
A professora universitária já publicou sobre o Culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres, “a festa religiosa mais importante dos Açores”, informa o sítio online ‘Igreja Açores’.
O III Fórum de Turismo procurou refletir sobre as estratégias a desenvolver para a promoção de um turismo sustentado, uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada realizada esta quinta-feira.
IA/CB/PR