A PTP apresentou dados preliminares obtidos através de um estudo que está a ser feito nas dioceses portuguesas
Lisboa, 13 mai 2024 (Ecclesia) – A Pastoral do Turismo – Portugal (PTP) apresentou, na INVTUR 2024, em Aveiro, dados de um estudo sobre santuários e lugares de culto e considera que esta área contribui para a “sustentabilidade económica” mas “sempre” com componente de evangelização.
A PTP apresentou dados preliminares obtidos através de um estudo que está a ser feito nas dioceses portuguesas, ao nível do turismo religioso, e nesta conferência realizada e organizada pela Universidade de Aveiro, entre 8 e 10 de maio, dinamizou uma sessão temática sobre “Turismo Religioso e Espiritual”.
A investigadora do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião (UCP-CITER), Margarida Franca, destaca que após a pandemia, este ano tem “registado um aumento no número de visitantes, face aos valores antes da pandemia”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
As respostas apontam também para a necessidade de se complementar o turismo religioso com uma componente espiritual.
Os responsáveis por estes espaços reconhecem que o “turismo religioso contribui para a sustentabilidade económica, mas que deverá ter, sempre, uma componente de evangelização”, realça.
Para este aumento, os responsáveis valorizam a questão da abertura à comunidade (igrejas abertas; acolhimento em diversas línguas, para diversas culturas e religiões diferentes), fatos que promove, a relação com o outro e o acolhimento.
O padre Miguel Neto, diretor da PTP, refere que a “abertura à academia é, absolutamente, indispensável”.
O responsável da PTP pretende realizar “várias formações, destinadas a públicos-alvo distintos, desde os guias intérpretes, até aos próprios sacerdotes e cuidadores das igrejas”.
Esta proximidade dará uma garantia de qualidade ao trabalho, que, de outra forma, seria difícil de conseguir e, mais que tudo, este trabalho em rede e a criação de sinergias, coloca a Igreja no mundo, nos lugares onde estão as pessoas, dando dela uma imagem de contemporaneidade e, sobretudo, de proximidade a questões de uma relevância vital, como a da sustentabilidade, da melhoria da literacia turística, do património (material e imaterial), da relação entre o outro, o ambiente, a espiritualidade, porque o turismo é, sobretudo, relação”.
LFS