Igreja tem provas dadas na área da saúde

Padre Feytor Pinto analisa primeiro dia do II Congresso Nacional da Pastoral da Saúde A sociedade civil deve reconhecer o longo e trabalho que a Igreja tem vindo a prestar em termos de pastoral da saúde, afirmou o Padre Feytor Pinto à Agência ECCLESIA, no primeiro dia dos trabalhos do II Congresso Nacional da Pastoral da Saúde. Este encontro, a decorrer em Fátima, vai estender-se até ao próximo dia 3 e pretende colocar a saúde “Ao Serviço da Pessoa – Curar e Cuidar”. Médicos, enfermeiros, psicólogos,capelães hospitalares, párocos, voluntários compõem os cerca de 1000 participantes neste Congresso. “Partimos do conhecimentos do que é ser humano, nas suas dimensões antropológica, sociológica, religiosa, porque só assim é possível curar a pessoas integralmente”. O ser humano é um contínuo “e o estudo apresentado pela conferencista permitiu analisar quem estamos a cuidar quando falamos da pessoa humana”, relembrou o coordenador nacional da Pastoral da Saúde. “A dimensão religiosa também é importante na cura. Também por isso se está a alterar o estatuto do capelão”, referiu apontando que a cura espiritual se une à cura do corpo. O Cardeal Lozano Barragán abriu a sessão plenária abordando que “devemos ter uma grande consciência sobre o que é a responsabilidade ética nas relações de saúde”, relembrou o Pe. Feytor Pinto. O quadro de valores da sociedade é muito forte e a tentação que temos “é por razões económica ou sociais comprometermos valores de fundo que não podem nunca em bioética ser comprometidos”. Pretende este Congresso chamar a atenção para a cultura da saúde, “tão ausente no nosso país”. A cultura do desejo, do mais fácil instala-se facilmente e “acabamos por comprometer a saúde”. E os valores deverão começar pelos mais jovens, logo uma reflexão em que os congressistas se detiveram foi “precisamente os jovens e as suas preocupações com a saúde”, aponta o Pe. Feytor Pinto, abrindo depois “perspectiva para estilos saudáveis de vida”. As respostas para uma saúde melhor nas várias etapas da vida estarão também em análise. Cuidados paliativos, planeamento familiar responsável e “o papel que a Igreja tem na saúde”. A partir desta reflexão conjunta, “no último dia vamos ver que serviços queremos montar para dar respostas aos problemas que analisámos”, aponta. O apoio à maternidade e as unidades de cuidados continuados e paliativos “são respostas que damos e queremos continuar a optimizar”. A história da Igreja na pastoral da saúde é grande, mas a sociedade ainda não o reconhece. “Os 113 mil unidades de saúde no mundo inteiro provam isso mesmo”, aponta. Em Portugal temos “estado de costas voltadas. Temos em Portugal 47 unidades de saúde da Igreja Católica. Poucos sabem disto”, adverte o coordenador nacional da Pastoral da Saúde. A Igreja tem realizado trabalho efectivo através de unidades de saúde de tratamento da área da sida, “isto quando se fala tanto na posição da Igreja sobre esta doença”. Provas dadas existem, “mas a sociedade julga a Igreja apenas numa lógica limitativa”, quando a Igreja deve tratar os leigos “na ordem temporal, onde a saúde assume um papel fundamental”, adverte. Os leigos devem intervir “de forma responsável nos grandes problemas do mundo”, aponta o Pe. Feytor Pinto.

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