Igreja tem de ser cada vez mais presença na sociedade

No dia em que se assinalou o primeiro aniversário da sua nomeação para Bispo da Diocese do Funchal, D. António Carrilho, presidiu, ontem, à Eucaristia na Capela da Casa de Saúde de São João de Deus. Esta efeméride foi recordada pelo prelado funchalense na homilia sublinhando que a data para aquela nomeação foi por si escolhida porque São João de Deus, cuja festa litúrgica se celebrou ontem, é um santo português, «um santo muito querido dos madeirenses, que muito contribuiu para que esta Casa de Saúde aqui pudesse ter o seu lugar e prestar assistência a tantos que carecem de um apoio, particularmente os doentes mentais e os de outras áreas que requerem uma atenção especial. Por outro lado uma importante referência para a acção pastoral do Bispo é a opção que São João de Deus fez pelos pobres e pelos doentes. A opção preferencial da Igreja é pelos mais carenciados, pelos doentes e por todos os que precisam de ajuda para que os seus direitos sejam reconhecidos e apoiados nas suas necessidades». D. António Carrilho recordou que a primeira celebração pública a que presidiu após a sua tomada de posse foi na capela da Casa de Saúde de São João de Deus, no domingo 20 de Maio de 2007. Referindo-se à Casa de Saúde de São João de Deus, e a tantas outras do género que a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus tem em todo o mundo, disse que são «presenças vivas do amor de Deus junto de quem mais necessita de apoio». Acentuou ainda que aquele santo, nascido em Montemor-o-Novo, é «uma figura que se impõe. Uma homem da caridade e da hospitalidade ao serviço da Humanidade». D. António Carrilho fazendo um breve balanço aos dez meses como Bispo do Funchal recordou a expectativa e o espírito de fé e esperança com que acolheu o chamamento à missão que lhe foi dirigido pelo Papa Bento XVI. Agradeceu o apoio e estímulo de tantos amigos nesta nova etapa da sua vida, acrescentando que «ao longo destes meses no Funchal eu fui procurando conhecer os valores e colher os frutos da acção anteriormente realizada, olhando em frente com uma preocupação grande de esclarecer e aprofundar a fé para que possamos ser firmes, fortes na fé e alegres na esperança, na relação que hoje se impõe numa sociedade multicultural como é a nossa, nesta relação da fé com a cultura e com a vida.» A propósito sublinhou que «a nossa Igreja tem de ser cada vez mais presença na sociedade através do testemunho dos valores em que nós acreditamos. Não é só uma questão de prática religiosa, de oração ou de princípios de verdade em que acreditamos, mas uma questão de presença, tornando as consequências da fé verdadeiramente activas no meio da nossa sociedade». Porque Sábado se celebrou o Dia Internacional da Mulher, D. António Carrilho sublinhou que «aquilo que se procura com esta efeméride é proclamar a dignidade e sua vocação da Mulher. Na Igreja unimo-nos aos esforços que, por vezes hoje se vão fazendo, mas é preciso clarificá-los em termos dos princípios que devem estar subjacentes». No final da Eucaristia dois colaboradores foram homenageados pelos 25 anos de serviço voluntário na Casa de Saúde de São João de Deus.

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Agência ECCLESIA

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